Um dia de espírito mais leve, mas com celebrações que acontecem de manhã, de tarde e de noite. Assim é a Quinta Feira Santa em São João del-Rei. Há em tudo um certo ar de alegria religiosa, principalmene na Missa da Consagração dos Santos Óleos e na primeira parte da Missa da Ceia do Senhor, diferentemente dos atos litúrgicos que são realizados na Quarta Feira de Trevas, na Sexta Feira da Paixão e na manhã do Sábado de Aleluia. Todos eles são marcados pelo sentimento mais contrito de arrependimento, sofrimento e dor.
A Missa dos Santos Óleos, celebrada solenemente pelo bispo no período da manhã, tem a participação de todos os padres da Diocese de São João del-Rei e, em grandes vasos de prata, consagra os óleos que serão utilizados durante todo o ano para ministrar os sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.
À tarde, a Missa da Ceia do Senhor é sempre uma obra musical do tempo da Colônia ou do Império, em geral de compositores da região. Ao Glória, todos os sinos da Matriz do Pilar dobram festivamente e, em seguida, ficam mudos até que, novamente no Glória da Missa da Aleluia, anunciam a Ressurreição do Senhor. A partir da leitura do Evangelho, quando se narra a última ceia de Cristo - momento em que Jesus anunciou aos discípulos a traição de Judas e instituiu a Eucaristia -, a missa começa a ganhar ares melancólicos, preparando emocionalmente os fiéis para as solenidades que se sucederão.
Complementando, em sequência, esta missa, num ato litúrgico barroco único no país, o Santíssimo Sacramento sai em procissão dentro da própria igreja, guarnecido pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, até a capela, onde fica em adoração permanente até o momento da comunhão da Sexta Feira Santa. Durante o percurso, a Orquestra Ribeiro Bastos, dividida em dois coros, canta o Pange Língua (vídeos abaixo) - um moteto sacro setecentista, que dá ao ritual uma atmosfera de grande elevação, quase sobrehumana.
Entrar na Capela do Santíssimo Sacramento de São João del-Rei na Quinta Feira Santa é como entrar no Céu em dia de festa, tamanha a beleza do lugar. Pequena, com acesso externo pelo lado esquerdo Matriz doPilar e interno pela nave principal, neste dia é completamente enfeitada com cortinas de renda e flores delicadas, desde a porta até o altar, onde a beleza é tão estonteante, que quase nos constrange ou desconcerta. Orquídeas, antúrios, e muitas outras flores delicadas se juntam a cascatas de samanbaias. Anjos dourados guarnecem o ambiente, carregando candelabros com altas velas e em posição de adoração. A tudo isso se junta o perfume do incenso e o som das orações, feitas em voz alta, em coro, pelos adoradores, dia e noite, transformando aquele ambiente em um espaço sem igual, impossível de ser descrito.
A Missa dos Santos Óleos, celebrada solenemente pelo bispo no período da manhã, tem a participação de todos os padres da Diocese de São João del-Rei e, em grandes vasos de prata, consagra os óleos que serão utilizados durante todo o ano para ministrar os sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.
À tarde, a Missa da Ceia do Senhor é sempre uma obra musical do tempo da Colônia ou do Império, em geral de compositores da região. Ao Glória, todos os sinos da Matriz do Pilar dobram festivamente e, em seguida, ficam mudos até que, novamente no Glória da Missa da Aleluia, anunciam a Ressurreição do Senhor. A partir da leitura do Evangelho, quando se narra a última ceia de Cristo - momento em que Jesus anunciou aos discípulos a traição de Judas e instituiu a Eucaristia -, a missa começa a ganhar ares melancólicos, preparando emocionalmente os fiéis para as solenidades que se sucederão.
Complementando, em sequência, esta missa, num ato litúrgico barroco único no país, o Santíssimo Sacramento sai em procissão dentro da própria igreja, guarnecido pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, até a capela, onde fica em adoração permanente até o momento da comunhão da Sexta Feira Santa. Durante o percurso, a Orquestra Ribeiro Bastos, dividida em dois coros, canta o Pange Língua (vídeos abaixo) - um moteto sacro setecentista, que dá ao ritual uma atmosfera de grande elevação, quase sobrehumana.
Entrar na Capela do Santíssimo Sacramento de São João del-Rei na Quinta Feira Santa é como entrar no Céu em dia de festa, tamanha a beleza do lugar. Pequena, com acesso externo pelo lado esquerdo Matriz doPilar e interno pela nave principal, neste dia é completamente enfeitada com cortinas de renda e flores delicadas, desde a porta até o altar, onde a beleza é tão estonteante, que quase nos constrange ou desconcerta. Orquídeas, antúrios, e muitas outras flores delicadas se juntam a cascatas de samanbaias. Anjos dourados guarnecem o ambiente, carregando candelabros com altas velas e em posição de adoração. A tudo isso se junta o perfume do incenso e o som das orações, feitas em voz alta, em coro, pelos adoradores, dia e noite, transformando aquele ambiente em um espaço sem igual, impossível de ser descrito.
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