Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo toque dos sinos

Museu dos Sinos: você conhece a riqueza da paisagem sonora de São João del-Rei?

 Acabou o sábado, deu meia-noite, o sol nasceu, mas, no coração de São João del-Rei, quem declara e proclama o domingo é o toque dos sinos da Matriz do Pilar, pouco depois de badalar 7 horas. A partir de então, o correr da manhã é medido e contado pelos toques dos sinos do Carmo, do Rosário, de São Francisco, de São Gonçalo e das Mercês, chamando os fiéis para as missas dominicais. Assim, é impossível não saber que é domingo, no centro histórico de São João del-Rei. Especificamente hoje (10 de janeiro) esta "rapsódia sonora" foi enriquecida por três toques fúnebres, às 9h, 10 e 11h, nos sinos da igreja do Rosário, informando o falecimento de algum membro da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, que, fundada em 1708, é a mais antiga irmandade são-joanense, também uma das mais velhas do Brasil. E, minutos depois das 8 horas da noite, de um toque festivo especial nos sinos da Matriz do Pilar, anunciando que amanhã, com uma novena, começará a Festa de São Sebastião - mártir prot...

"Toque da Penitência"*. Sinos de São João del-Rei - da gripe espanhola ao coronavírus 19

Mundialmente muito falada nos últimos dias, a palavra "corona", há quase 300 anos é bastante conhecida dos são-joanenses. Mais do que simplesmente conhecida, ela é repetida contritamente 7 vezes na noite de Sexta-feira da Paixão, em um dos momentos mais representativos da religiosidade e da cultura do povo de São João del-Rei: a Procissão do Senhor Morto, também conhecida como Procissão do Enterro do Senhor. Aliás, a palavra "corona" é cantada duas vezes na última parte do lamento da Verônica, que naquela noite emudece e tira o ar dos são-joanenses na escadaria da igreja das Merces, precedendo a Marcha da Paixão, que a Banda Theodoro de Faria toca, dando emoção e ritmo ao início da monumental Procissão do Enterro. E, depois, nas vezes que a Verônica mostra o sudário e canta no Largo do Rosário, em frente à casa onde nasceu Bárbara Heliodora (cruzamento da Rua da Prata com o Largo São Francisco), em frente à antiga Delegacia de Polícia, na encruzilhada dos Quat...

Todo Ano Novo que começa é tempo dos reis de São João del-Rei!

Mal o ano começou e São João del-Rei, no imaginário do povo deste lugar, já está se avançando cinquenta, sessenta dias no tempo, vislumbrando os dois primeiros grandes marcos de seu calendário: o Carnaval e a Semana Santa. A cultura de nossa cidade é construída a partir de festas, ora religiosas, ora profanas, que se interligam, se sucedem, se complementam e dialogam, mostrando que o viver local é uma caminhada involuntária por um percurso fantástico e mágico, que transcorre entre a finitude e a eternidade. Quer realidade mais barroca do que esta, própria desta terra de el-rei? No dia 6 de janeiro - dia dos Santos Reis -, o Menino Jesus, Rei dos Reis, sentado em seu trono, sai em uma pequena rasoura, pelos arredores da tricentenária igreja do Rosário, ao som dos sinos e da Banda de Música, reluzente em sua pueril majestade. Alguns dias passam... Súdito deste rei, soldado de Cristo, a partir do dia 11 de janeiro, a cidade rende homenagens a São Sebastião, com novena, tencões e te...

São João del-Rei. Aposto que aqui tem coisa que você ainda não viu!

Mesmo quem vive em São João del-Rei, e atravessa todo dia as ruas, praças e becos do centro histórico, pode sempre se surpreender com a paisagem. Basta desprender-se do pensamento demasiadamente racional e da visão rotineira dos caminhos e percursos, para deixar livre o olhar e, então, ver o que sequer  imagina. Os telhados, por exemplo, com suas sucessões de muitas águas, formando belas geometrias, com a textura das telhas curvas, coloniais, que alternam cores que vão do marrom e do avermelhado até o quase ocre-rosado das capas e bicas mais novas, que foram trocadas há pouco tempo. Eles mostram uma face surpreendente e praticamente desconhecida da paisagem são-joanense, acostumados que somos a olhar apenas as fachadas do casario. Que também são muito bonitas. Aliás, como são belas as fachadas das casas e sobradões do centro histórico de nossa cidade! Retratando diferentes estilos, característicos principalmente da evolução econômica, social e cultural que marcou São J...

Sinos de São João del-Rei desobedecem Rei Momo e tocam até no Carnaval!

Carnaval ou não, todo domingo de manhã, de vários pontos da cidade  se ouve os sinos da igreja do Carmo chamando os fiéis para a missa,  tradicionalmente, com este sofisticado concertinho sonoro: ............................................................................... Texto e foto: Antonio Emilio da Costa

Dia do Sineiro fará bater ainda mais sonoro e feliz o coração de São João del-Rei

Ninguém duvida: os sinos são um dos mais importantes, consagrados, conhecidos e reconhecidos símbolos de São João del-Rei. Não precisa nem olhar para o alto nem estar perto de alguma igreja do centro histórico para perceber. Eles falam por si.Todo dia - uns mais outros menos - toda hora, sua metade e quartos, eles estão ali, marcando o tempo e as eras, tocando, dobrando, mandando mensagens, quase todas falando de Deus. Alguns, toques alegres, entusiasmados, festivos, outros, dobres dolentes, reflexivos, pungentes, tristes, fúnebres. Chamadas para missas, momento do glória e da consagração, aviso de novena, saída, passagem e chegada de procissão, Te Deum, ofícios e funções litúrgicas especiais. Falecimentos. Enterros. Em São João del-Rei nada acontece sem a presença e a voz do sino. Até o Carnaval, quando várias vezes ele chama para as Quarenta Horas de Adoração ao Santíssimo Sacramento e avisa, às nove da noite da Terça-Feira Gorda, que dentro de três horas a Quarta-Feira de Cinza...

Encontro de Sineiros de Minas Gerais: Em São João del-Rei, palavra de sineiro não volta atrás

                No encanto do Primeiro Encontro de Sineiros de Minas Gerais,                  clique no link abaixo e ouça o que dizem com as mãos e o coração                 os eternos meninos, homens sineiros de São João.                 E palavra de sineiro não volta atrás... https://www.youtube.com/watch?v=ThwzmJfsT0Q

Encontro de Sineiros de Minas Gerais: da voz do bronze à voz dos homens em São João del-Rei

Dificilmente existe, no dia a dia de São João del-Rei, algum personagem mais presente do que ele: o sineiro. Assim como os sinos, é do alto das torres barrocas que eles anunciam júbilo ou tristeza, executando no bronze sons melodiosos que transmitem sinais litúrgicos e códigos seculares: dobres, repiques, chamadas, cinzas, tencões, terentenas, floreados, canjica queimou e uma infinidade de tantos outros. Se existem símbolos eternos de São João del-Rei, juntamente com os sinos, os sineiros estão entre eles. Por tudo isto, São João del-Rei é também conhecida como " a cidade onde os sinos falam " e, portanto, não poderia ser realizado em outro lugar o Primeiro Encontro de Sineiros de Minas Gerais . Aqui, ele está acontecendo neste fim de semana, com atividades diversas - apresentações, intercâmbios, visita às torres, relatos e conversas sobre este patrimônio imaterial brasileiro, que é o toque dos sinos de São João del-Rei e demais cidades históricas de Minas Gerais. Part...

Festa de Nossa Senhora das Mercês: a sagração da primavera em São João del-Rei*

Em São João del-Rei, todo ano é assim: a primavera só chega no dia 24 de setembro, no buquê de flores brancas que Nossa Senhora das Mercês carrega na mão direita. Seus pés pisam nuvens de flores que brotam dos altares e se espalham por toda a igreja, singela e graciosa, incrustada em uma rocha que dá início à subida da Serra do Lenheiro. Entrada para o caminho por onde no século XVIII subiam homens escravos, desciam negros livres, transitavam cativos mulatos, atrevidos criolos, astutos morenos e gentes de toda laia - clandestinos, foragidos, ladrões, proscritos, ciganos, bandidos, degredados - todos a faiscar ouro nas betas, a garimpar no ribeirão e a catá-lo entre raízes do capim agreste. Alguns, dizem, escondiam o ouro na carapinha... Todo ano, no anoitecer do dia 24 de setembro, Nossa Senhora das Mercês leva a primavera a passear pelas ruas, largos e becos coloniais de São João del-Rei. Entre as flores de seu buquê e de seu andor, carrega graças, mercês, milagres e favores, que ...

Mágicos talismãs sonoros de São João del-Rei, a mais barroca cidade de Minas

Engana-se quem pensa que a única finalidade dos sinos de São João del-Rei, além de compor as torres das belas igrejas barrocas, é informar e anunciar, em linguagem setecentista, as horas, missas, novenas, quinquenas, trezenas, tríduos, ofícios, procissões, partos difíceis, agonias, mortes e sepultamentos. Ao darem vida e enriquecerem a tão singular sonoridade são-joanense, eles desempenham outra função, pouco conhecida na própria cidade. São talismãs sonoros que, ao dobrarem e repicarem, lançam céu afora, em forma de notas musicais, proteção contra tormentas e desejo de ventura, até os limites onde seu som, mesmo morrendo, alcança. Esta missão lhes é confiada no momento em que, antes de serem elevados pela primeira vez à torre, recebem a bênção do batismo e também o nome. A oração, rezada para o sino São João da Cruz, que este ano subiu para uma torre da igreja do Carmo, diz o seguinte:           " Que dos lugares onde ressoar este sino     ...

A sabedoria dos sinos e dos sineiros de São João del-Rei Salomão

Bons ventos sopram sobre São João del-Rei. Por mais que o amor são-joanense chore pelos pedaços da paisagem que se perdeu, clame com bravura pelo que corre risco e vigie, com apaixonado olhar, o tanto de memória que nosso tempo herdou dos séculos passados - e até exatamente como efeito destas três coisas - a cidade vê, a cada instante, seu passado reluzir. Não o passado que passou, levado pelo tempo, e que agora é só lembrança. Quem reluz é o passado que eternizado ficou e brota a cada geração na alma do povo deste lugar. Se nossa paisagem urbana mostra antigas e recentes cicatrizes inapagáveis que exibem  insensibilidades e ignorâncias, nossas tradições a cada dia se tornam mais fortes, mais ricas, mais singulares e envolventes. Basta assistir a uma das muitas procissões que acontecem o ano inteiro no centro histórico para dissipar qualquer dúvida sobre esta verdade. Muito ainda há por fazer e por certo muito ainda sempre haverá. Afinal, todos sabemos, o fazer cultural é u...

Os sinos estão para São João del-Rei assim como o Papa está para Roma e a Rainha para a Inglaterra...

Os sinos são  tão onipresentes em São João del-Rei que não é engano dizer que eles estão para a barroca cidade assim como as pirâmides estão para o Egito, a Torre Eiffel está para Paris, a Estátua da Liberdade está para Nova Iorque e o monumento do Cristo Redentor está para o Rio de Janeiro. É impossível não vê-los e não ouví-los. No centro histórico de São João del-Rei os sinos estão em toda parte, soberanos e imponentes, do alto das torres coloniais. Seus dobres, repiques e badaladas - ora melancólicos, ora felizes; ora austeros, ora festivos; ora sóbrios, nunca instintivos - falam várias vezes por dia coisas que, atualmente, só os são-joanenses mais vividos conseguem entender e compreender. Também em pontos mais afastados, porém bastante visíveis, eles estão: no Morro da Forca, na capelinha do Bonfim, na bucólica igrejinha da colina do Senhor dos Montes, e até na maior praça do movimentado bairro de Matosinhos. Por sua expressividade e representatividade como ícones da cid...

São João del-Rei. Sempre São João del-Rei! Salve São João del-Rei!

Não são poucos os que, olhando a São João del-Rei de hoje, suspiram, pesarosos.  Que com olhar distante, perdido no horizonte, lamentam os casarões e palacetes erguidos nos séculos passados que foram demolidos nos últimos 75 anos, dando um ritmo arquitetônico alternado e incomum a diversas áreas do nosso espaço urbano. E, nostálgicos e pessimistas, sentenciam: "É uma pena; não tem mais jeito! O Almanaque Eletrônico Tencões e terentenas pensa diferente. Quando vive a cidade fisicamente, ou a mira virtualmente, enche o peito e pensa: "Como é belo, rico e importante o muito que ainda existe em São João del-Rei! Como, nos últimos tempos e a cada dia, mais nosso patrimônio se fortalece, ganha visibilidade positiva e responsável, conquista garantia de perpetuidade e proteção, recebe zelo, cuidado e dedicação de vários setores da sociedade são-joanense! Na última semana, duas menções na imprensa - uma no jornal local Gazeta de São João del-Rei e outra no canal nacional Glo...

São Sebastião: contra a peste, a fome, a guerra, a amargura e a tristeza, protetor de São João del-Rei

De um lado, o sonhado Eldorado. O ouro a rolar entre o redondo cascalho, a misturar-se às raízes do capim silvestre, a escorrer pelos fios d'água, a se infiltrar em veios profundos no meio do quartzo rochoso. De outro, a cobiça, a violência, a ganância, o desvario, as febres, as crenças, as trapaças, os homicídios, delírios, traições, desorientações e alucinações. No meio de tudo, no ponto de exato equilíbrio entre os lados extremos - a falta, a falsidade, o feitiço, a fúria e os funestos sentimentos. Foi neste universo que São Sebastião chegou a São João del-Rei, mal amanhecera o século XVIII para, com seu lume, seu poder e suas flechas, abrandar os ânimos, abrir os caminhos, clarear as noites, iluminar as trevas da alma e proteger são-joanenses e forasteiros contra a peste, a fome e a guerra. Sua primeira casa foi a capela de capim e taipa, erguida no Morro do Bonfim e incendiada na Guerra dos Emboabas - idos de 1709. Mas ele sobreviveu e hoje vive altivo em altar dourado ...

Em São João del-Rei, tocar sino é sagrada sina

Sobre o amor "de nascença" e o encantamento dos meninos de São João del-Rei pelo ofício de dobrar sinos, o vídeo abaixo - testemunho inocente e verdadeiro - diz mais do que muitas mil palavras. Clique e confira!.. http://vimeo.com/76107756

Finados. Junto aos veios de ouro, às raízes e às nascentes de São João del-Rei, requiescat in pace

São João del-Rei, desde sempre, tem intimidade com a morte. Cemitérios colados às casas, os vivos são vizinhos dos mortos. No século XVIII, a Procissão das Cinzas lembrava em cortejo solene e figurado, nas ruas coloniais, a finitude da vida. Desde aquela época, durante a Quaresma, no ciclo da Festa de Bom Jesus dos Passos, Encomendações de Almas, em três consecutivas sextas-feiras, percorrem encruzilhadas, cruzeiros e portões de cemitérios, a chamar os mortos e entregar-lhes músicas e orações. São João del-Rei, a religião, a morte e as contradições. No Carnaval, uma escola de samba ensaia sua bateria no limite exato que une e separa os mortos e os vivos - o alto portão de ferro do Cemitério do Carmo. Nos desfiles, o Bloco dos Caveiras expõe debochadamente a morte, com a irreverência em estandartes, caixões, defuntos, ossos, fogo, fumaça e figuras tenebrosas. É medonho. Na Sexta-feira da Paixão, o grande momento é a Procissão do Enterro, também chamada Procissão do Senhor Morto. ...

Finados dias, de lembranças, dores, ausências e de saudades, em São João del-Rei

Novembro ainda se avizinha, mas já se sente um suspiro fundo no peito colonial de São João del-Rei. Um sopro no coração, barroco, de saudade. O décimo primeiro mês do ano traz consigo, como estandarte, o vazio deixado por aqueles que já se foram. A lembrança daqueles que não mais existem. Traz no ar o que Adélia Prado escreveu: " a ausência a ocupar todos os meus cômodos ". Nos dias que antecedem Finados, os são-joanenses já acorrem, preventivamente, aos cemitérios. Lavam e enceram os túmulos, espanam os crucifixos, avivam os nomes das placas, tiram fora as desbotadas flores de plástico. Vazias, as floreiras novamente serão enfeitadas com ramos da flor saudade na manhã do dia 2 de novembro, enquanto os sinos, de todas as torres, choram Exéquias. Outubro de 2013. Em São João del-Rei ainda é assim...

Setembro deveria ter mais dias em São João del-Rei. É pouco tempo para muita festa e muita fé...

Os trinta dias do mês de setembro são pouco para a quantidade das celebrações religiosas que acontecem em São João del-Rei no nono mês do ano. São cinco grandes festas e há dias em que, até, são simultâneas. Todas com toques de sinos, foguetes, cantos, flores, anjos, cores, incensos, mistérios, crenças, esperanças e certezas... Este ano, logo no dia 1º, a procissão do Senhor Bom Jesus do Monte encerrou a festa do Cristo crucificado que mora em uma colina no lado oeste da cidade, à sombra da Serra do Lenheiro. Quatro dias depois, começou a novena que terminou em procissão no dia 14, também para homenagear Nosso Senhor Bom Jesus. Desta vez, o de Matosinhos, na face norte da cidade - imediações de onde, a História diz, assentou-se por volta de 1704, cobrando pedágios pela travessia do Rio das Mortes, o bandeirante taubateano fundador de São João del-Rei, Tomé Portes del-Rei. Antes de tal procissão, no dia 12 começou a Quinquena de São Francisco - série de cinco ofícios sacr...

Irmandade das Almas tranca a rua e o cofre, toca o sino e sela a eternidade em São João del-Rei

Se o dia 1º de junho felicitou São João del-Rei com a criação da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário mais antiga de Minas Gerais, também a segunda mais antiga de todo o Brasil, em 1708, quando a cidade ainda era o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes, oito anos depois, o dia 2 de junho também deu sua contribuição para a riqueza religiosa e cultural de nossa terra. Naquela data, em 1716, portanto há 296 anos, Dom Francisco de São Jerônimo, bispo do Rio de Janeiro, instituiu canonicamente a Irmandade de São Miguel e Almas da recém-elevada Vila de São João del-Rei. A Irmandade das Almas, como é popularmente conhecida, é das ordens religiosas mais populares da cidade. Sediada na Matriz do Pilar, em sacristia frontal à principal, ocupada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, tem seu altar em posição de destaque, imediatamente à direita do altar-mor. Além disto, sua importância se evidencia na pintura do teto do vestíbulo que separa as duas sacristias: três alma...