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São Sebastião, mártir glorioso, é festejado de ponta a ponta em São João del-Rei

Engana-se quem pensa que as festas em homenagem a São Sebastião acontecem apenas no centro histórico de São João del-Rei, onde o "Guerreiro de Cristo", desde o início do século XVIII, tem altar na igreja do Pilar, é celebrado com uma novena e sai às ruas em procissão, no dia 20 de janeiro. No coração colonial são-joanense, ele também tem um nicho lateral ao altar-mor da Capela do Divino Espírito Santo e, ainda, em uma peanha do altar lateral direito da igreja das Mercês. Em outras partes da cidade, e até do município, o santo protetor contra a peste, a fome e a guerra também é querido e festejado. Um dos mais antigos distritos de São João del-Rei, por exemplo, chama-se São Sebastião da Vitória e certamente também realiza algum festejo em honra do santo, está presente no distrito do Rio das Mortes, em imagem no altar da igreja de Santo Antonio,  onde a beata são-joanense Nhá Chica foi batizada. E na urbana Paróquia de Matosinhos, a Comunidade de São Sebastião presta-lhe  ...

São Sebastião: contra a peste, a fome, a guerra, a amargura e a tristeza, protetor de São João del-Rei

De um lado, o sonhado Eldorado. O ouro a rolar entre o redondo cascalho, a misturar-se às raízes do capim silvestre, a escorrer pelos fios d'água, a se infiltrar em veios profundos no meio do quartzo rochoso. De outro, a cobiça, a violência, a ganância, o desvario, as febres, as crenças, as trapaças, os homicídios, delírios, traições, desorientações e alucinações. No meio de tudo, no ponto de exato equilíbrio entre os lados extremos - a falta, a falsidade, o feitiço, a fúria e os funestos sentimentos. Foi neste universo que São Sebastião chegou a São João del-Rei, mal amanhecera o século XVIII para, com seu lume, seu poder e suas flechas, abrandar os ânimos, abrir os caminhos, clarear as noites, iluminar as trevas da alma e proteger são-joanenses e forasteiros contra a peste, a fome e a guerra. Sua primeira casa foi a capela de capim e taipa, erguida no Morro do Bonfim e incendiada na Guerra dos Emboabas - idos de 1709. Mas ele sobreviveu e hoje vive altivo em altar dourado ...