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Mostrando postagens com o rótulo Cemitério do Carmo

Todo Ano Novo que começa é tempo dos reis de São João del-Rei!

Mal o ano começou e São João del-Rei, no imaginário do povo deste lugar, já está se avançando cinquenta, sessenta dias no tempo, vislumbrando os dois primeiros grandes marcos de seu calendário: o Carnaval e a Semana Santa. A cultura de nossa cidade é construída a partir de festas, ora religiosas, ora profanas, que se interligam, se sucedem, se complementam e dialogam, mostrando que o viver local é uma caminhada involuntária por um percurso fantástico e mágico, que transcorre entre a finitude e a eternidade. Quer realidade mais barroca do que esta, própria desta terra de el-rei? No dia 6 de janeiro - dia dos Santos Reis -, o Menino Jesus, Rei dos Reis, sentado em seu trono, sai em uma pequena rasoura, pelos arredores da tricentenária igreja do Rosário, ao som dos sinos e da Banda de Música, reluzente em sua pueril majestade. Alguns dias passam... Súdito deste rei, soldado de Cristo, a partir do dia 11 de janeiro, a cidade rende homenagens a São Sebastião, com novena, tencões e te...

Finados dias, de lembranças, dores, ausências e de saudades, em São João del-Rei

Novembro ainda se avizinha, mas já se sente um suspiro fundo no peito colonial de São João del-Rei. Um sopro no coração, barroco, de saudade. O décimo primeiro mês do ano traz consigo, como estandarte, o vazio deixado por aqueles que já se foram. A lembrança daqueles que não mais existem. Traz no ar o que Adélia Prado escreveu: " a ausência a ocupar todos os meus cômodos ". Nos dias que antecedem Finados, os são-joanenses já acorrem, preventivamente, aos cemitérios. Lavam e enceram os túmulos, espanam os crucifixos, avivam os nomes das placas, tiram fora as desbotadas flores de plástico. Vazias, as floreiras novamente serão enfeitadas com ramos da flor saudade na manhã do dia 2 de novembro, enquanto os sinos, de todas as torres, choram Exéquias. Outubro de 2013. Em São João del-Rei ainda é assim...

Líricos e poéticos becos de São João del-Rei: Beco do Salto, veiazinha de um coração colonial

O Beco do Salto é como uma veiazinha estreita e acanhada, na aurícula mais colonial do coração histórico de São João del-Rei. Unindo a Rua Santa Teresa à Rua Santo Elias e desaguando em esquina da casa mais antiga da cidade, tem por vizinhos próximos, quase porta a porta, uma grande pedreira com uma mina de ouro, a igreja e o Cemitério do Carmo, o Chafariz da Municipalidade, o Largo da Cruz, o Largo do Carmo e a Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei. Tão grande e por tanto tempo foram sua timidez e autoabandono que suas casas quase se autoarruinaram. Hoje, com restaurações, estão novamente reforçando sua face de outros tempos. A memória nacional ganha com isto. Personagens famosos, verdadeiramente importantes na cultura musical de São João del-Rei, moradores de um pequenino sobrado no Beco do Salto, foram o violinista Geraldo Ivon da Silva, o Geraldo Patusca, e sua primeira esposa, Maria José, a Maricota - ambos músicos da Orquestra Lira Sanjoanense. Ali, sob esta...