Encontrar o verde Eldorado, colher do chão esmeraldas. Esta era a febre dos bandeirantes que, na aurora do século XVIII, atravessaram serras, venceram abismos, estancaram rios, domesticaram a natureza, subverteram dia e noite para chegar ao coração do território que mais tarde viria a ser Minas Gerais. Na forma de douradas pepitas, as sementes de São João del-Rei brotaram naquele tempo, nas encostas da Serra do Lenheiro, em meio a capim e a quartzo. Floreceram entre barroco e arte. Medo, ousadia, pavor, cultura e castigo. Fé, trabalho, traição, tradição e paciência. Sofrimento, sentimento, temperança, lembrança, sensatez e desvario. Bravura, crueldade, covardia, memória, iluminismo e humanidades. Também em São João del-Rei, nestes 300 anos, o desenvolvimento custou o domínio, a escravidão, a exploração e a expropriação da natureza. Do solo, o ouro. Do solo, a água. Do solo, as matas. Das matas, os animais. Dos animais, a carne. Da carne, a alma. Do homem, o homem. Sonho explo...
Almanaque Eletrônico de difusão da cultura, memória e patrimônio vivo de São João del-Rei/MG, sonha ser instrumento didático-pedagógico de educação patrimonial.