Tachos de cobre. Panelas de ferro, de pedra, de alumínio batido. Colheres de pau. Antes, fumaça na chaminé, lenha estralando, fogo alto, brasas vermelhas no fogão. Hoje, as chamas de qualquer fogão a gás.Sempre açúcar. E também cravo, canela, erva-doce, aniz estrelado, folha de laranjeira, raspas de limão.
Da sábia e antiga alquimia que mistura temperatura, tempero, tempo, paciência, calma e calor surgem arroz doce, doce de abóbora, de banana, de batata doce, de cidra, de coco cremoso, de figo cristalizado e em calda, de goiaba, de laranja da terra, de leite, de mamão, de marmelo, de pêssego, queijadinha. Algodão doce, amêndoas de amendoim e de coco, cocada, pé de moleque, quebra queixo...
A gastronomia de sobremesas em São João del-Rei é muito farta, quase infinita. Prova isso Câmara Cascudo, em um de seus livros sobre cozinha brasileira. Lembra o grande folclorista e estudioso da cultura popular que certo visitante europeu registrou nos seus diários de campo que, ao hospedar-se em nossa cidade no século XIX, teve à sua disposição, após o jantar, uma mesa de 29 compotas de diferentes doces de frutas da região.
Hoje a vida está menos doce; normalmente não se tem mais tanta fartura. Mas São João del-Rei ainda produz delícias de lembrança e açúcar, a exemplo das receitas abaixo, divulgadas em vídeos no Programa Terra de Minas, nos links abaixo
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