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São João del-Rei tem, à vista, tesouros que ninguém sabe, ninguém conhece nem reconhece

Hoje, 20 de janeiro, é dia de São Sebastião. Em São João del-Rei, o culto ao mártir crivado de flexas chegou junto com as primeiras alvoradas do século XVIII. Era uma devoção tão fervorosa que, segundo o livro Piedosas e Solenes Tradições de Nossa Terra - Volume II, editado pela Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, a imagem que se venera naquela catedral e sai em procissão uma vez por ano foi salva da capela que, em 1709, incendiaram durante a Guerra dos Emboabas.

Invocado defensor contra a "peste, a fome e a guerra", São Sebastião, naquele episódio, não teve dúvida nem culpa e legislou em causa própria. Com suas quatro setas de prata, saiu ileso das chamas daquele sangrento e traiçoeiro combate para viver, há séculos, glorioso em um altar dourado lateral na Matriz do Pilar, casa da  padroeira de São João del-Rei.

Ao que tudo indica, além do povo, o poder também tinha grande apreço e devia muitos favores a São Sebastião. Tanto que no século XVIII, por várias vezes, sua procissão foi custeada com recursos públicos pelo Senado da Câmara que, nos anos 17.. e 17.., saiu "formado" no cortejo, com um estandarte vistoso que identificava e destacava tão importante participação.

Quem conta é o historiador são-joanense Sebastião Cintra, no primeiro volume da preciosa obra Efemérides de São João del-Rei. Uma produção tão importante que bem  merecia ser reimpressa e oficialmente relançada no quadro das comemorações dos 300 anos da Vila de São João del-Rei, a se comemorar no ano que vem.

Para saber mais sobre a presença tricentenária de São Sebastião em São João del-Rei, acesse http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2012/01/sao-joao-del-rei-sauda-sao-sebastiao.html

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