Jafé Maria da Conceição. Certamente, pouquíssimos são-joanenses já ouviram falar neste nome e, menos ainda, sabem que pertenceu a um grande músico, nascido em nossa cidade e aqui falecido hoje faz exatamente 73 anos.
Corretíssimo em sua vida pessoal e musical, Jafé foi elogiado em uma crônica bem-humorada que Caetano Furquim Werneck de Almeida, escondido sob o pseudônimo de Scapin, publicou, em 1907, em um periódico local. Comentando o rigor disciplinar que à época predominava na Orquestra Ribeiro Bastos, onde Jafé era violinista, disse Scapin:
"Quanto à disciplina, a nossa orquestra não é uma orquestra, é um batalhão perfeito, em que o maestro é coronel, o João Pequeno, Major, e o Jafé, ajudante.
Tudo ali obedece cegamente e sem discrepância à voz ou, antes, ao olhar do "comando". Jafé, o seráfico ajudante, toca com os olhos volvidos para o céu, enlevado e estático, completamente alheio às terrenas cousas. Ele não polue o seu arco tocando em festas profanas.
Quando o vejo tocar naquela atitude beatífica, parece-me que estou a ver no céu querubins e serafins a puxarem de lá o arco de Jafé, por uns fios invisíveis..."
Sobre os músicos extraordinários de São João del-Rei, leia também
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2011/04/o-pai-da-musica-vive-em-sao-joao-del.html
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2011/04/em-sao-joao-del-rei-principalmente-na.html
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume II, segunda edição revista e ampliada. Imprensa Oficial, Belo Horizonte, abril de 1982.
Corretíssimo em sua vida pessoal e musical, Jafé foi elogiado em uma crônica bem-humorada que Caetano Furquim Werneck de Almeida, escondido sob o pseudônimo de Scapin, publicou, em 1907, em um periódico local. Comentando o rigor disciplinar que à época predominava na Orquestra Ribeiro Bastos, onde Jafé era violinista, disse Scapin:
"Quanto à disciplina, a nossa orquestra não é uma orquestra, é um batalhão perfeito, em que o maestro é coronel, o João Pequeno, Major, e o Jafé, ajudante.
Tudo ali obedece cegamente e sem discrepância à voz ou, antes, ao olhar do "comando". Jafé, o seráfico ajudante, toca com os olhos volvidos para o céu, enlevado e estático, completamente alheio às terrenas cousas. Ele não polue o seu arco tocando em festas profanas.
Quando o vejo tocar naquela atitude beatífica, parece-me que estou a ver no céu querubins e serafins a puxarem de lá o arco de Jafé, por uns fios invisíveis..."
Sobre os músicos extraordinários de São João del-Rei, leia também
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2011/04/o-pai-da-musica-vive-em-sao-joao-del.html
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2011/04/em-sao-joao-del-rei-principalmente-na.html
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume II, segunda edição revista e ampliada. Imprensa Oficial, Belo Horizonte, abril de 1982.
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