A Ponte da Cadeia, - por sua beleza clássica e imponente e por sua grandiosidade arquitetônica - é um dos símbolos mais fortes e um dos mais consagrados ícones de São João del-Rei. Entretanto, o que poucos sabem é que sua construção, no projeto que ainda hoje vemos, foi motivado por uma tragédia, ocorrida exatamente no dia 2 de novembro.
Era 1797. O pároco da Vila de São João del-Rei, acompanhado por um pequeno cortejo, atravessava com com Santíssimo Viático a Ponte da Rua da Intendência, a levar comunhão para alguns doentes. Gasta pelo tempo e pelo uso, a ponte não suportou o peso do reverendo nem de sua devota comitiva e, sem piedade, tirou-lhes o solo, lançando-os nas águas corredeiras que desciam da Serra e cortavam a Vila de São João.
"Por um milagre extraordinário ficarão ilezas e salvas da corrente do Rio (naquela época, de tão caudaloso, o Córrego do Lenheiro parecia um rio) as sagradas formas, ao mesmo passo que todas as pessoas que 'O' acompanhavam em mayor parte dellas forão gravemente mollestadas". Assim o fato está registrado na folha 275 do Livro de Acórdãos da Vila de São João del-Rei, referente aos anos 1791-1798.
O acontecimento teve grande repercussão, tanto na Vila quanto na Provîncia, na Colônia e até mesmo na Metrópole, visto que envolvia o símbolo maior da Igreja. Assim, imediatamente formam exigidas e adotadas providências para a construção de uma ponte de pedra, sólida e resistente para suportar todos os pesos, enchentes e tempestades. Até hoje a Ponte da Cadeia - assim como suas irmãs Ponte do Rosário, Ponte dos Suspiros, Ponte do Teatro e Ponte da Estação, todas sobre o Córrego do Lenheiro - cumpre este papel.
Quem ganhou com isto? A arte, a memória, a arquitetura, a história e, principalmente, São João del-Rei. Mesmo quem não conhece este capítulo da história são-joanense, percebe claramente que a Ponte da Cadeia, feita de pedra e óleo de baleia, é projeto arquitetônico-urbanístico magnífico - uma das mais belas expressões da arte colonial urbana brasileira.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira -Efemérides de São João del-Rei. Volume II. 2a edição revista e aumentada. Belo Horizonte. Imprensa Oficial. 1982.
Era 1797. O pároco da Vila de São João del-Rei, acompanhado por um pequeno cortejo, atravessava com com Santíssimo Viático a Ponte da Rua da Intendência, a levar comunhão para alguns doentes. Gasta pelo tempo e pelo uso, a ponte não suportou o peso do reverendo nem de sua devota comitiva e, sem piedade, tirou-lhes o solo, lançando-os nas águas corredeiras que desciam da Serra e cortavam a Vila de São João.
"Por um milagre extraordinário ficarão ilezas e salvas da corrente do Rio (naquela época, de tão caudaloso, o Córrego do Lenheiro parecia um rio) as sagradas formas, ao mesmo passo que todas as pessoas que 'O' acompanhavam em mayor parte dellas forão gravemente mollestadas". Assim o fato está registrado na folha 275 do Livro de Acórdãos da Vila de São João del-Rei, referente aos anos 1791-1798.
O acontecimento teve grande repercussão, tanto na Vila quanto na Provîncia, na Colônia e até mesmo na Metrópole, visto que envolvia o símbolo maior da Igreja. Assim, imediatamente formam exigidas e adotadas providências para a construção de uma ponte de pedra, sólida e resistente para suportar todos os pesos, enchentes e tempestades. Até hoje a Ponte da Cadeia - assim como suas irmãs Ponte do Rosário, Ponte dos Suspiros, Ponte do Teatro e Ponte da Estação, todas sobre o Córrego do Lenheiro - cumpre este papel.
Quem ganhou com isto? A arte, a memória, a arquitetura, a história e, principalmente, São João del-Rei. Mesmo quem não conhece este capítulo da história são-joanense, percebe claramente que a Ponte da Cadeia, feita de pedra e óleo de baleia, é projeto arquitetônico-urbanístico magnífico - uma das mais belas expressões da arte colonial urbana brasileira.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira -Efemérides de São João del-Rei. Volume II. 2a edição revista e aumentada. Belo Horizonte. Imprensa Oficial. 1982.
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