Novembro, em São João del-Rei, é um mês diferente. Antigamente, amanhecia com a ladainha de Todos os Santos, saindo da Matriz do Pilar e rezada apressadamente e em movimento como um rosário a unir becos, travessas, ruas, largos, pontes de pedra, Passos da Paixão e cruzeiros. Mal a noite saudasse o dia, de manhã cedinho, antes que o sol nascesse. Primeiro de novembro. À noite o sino já tocava (e ainda hoje toca) códigos, ritmos e saudações funerais. Véspera de Finados.
Dia 2, missa barroca, de cordas lamentosas, metais pungentes e responsórios de Trevas no entremuros altos do Cemitério das Almas, dos Passos, do Santíssimo e da Boa Morte, cada qual com sua legião de mortos. Colina da Muxinga. De lá se avista, como delimitação precisa entre os territórios do aqui e do além, do agora, do sempre e do jamais, a Serra roxazul do Lenheiro. Fúnebres, de todas as torres, em dois de novembro os sinos tocam até o sol se por. Silêncio e noite eterna depois.
E voltarão a tocar mais, outros dias do mês, com o mesmo propósito. Chamarão para missas pelos "Irmãos Defuntos" e anunciarão as "Solenes Encomendações de suas Almas": na primeira segunda-feira depois de Finados pelos irmãos das Almas; na quarta seguinte pelos da Boa Morte; na quinta pelos do Santíssimo Sacramento, na sexta pelos saudosos da Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.
As homenagens continuarão no dia 12, dedicadas aos defuntos da Ordem Terceira de São Francisco; dia 15 pelos do Carmo e também pelos de São Gonçalo.
Dia 16 as três Encomendações de Almas mais solenes evocam a memória dos falecidos da Irmandade do Rosário. A primeira, na igreja mais antiga de São João del-Rei, lembra os sacerdotes que já se foram. A segunda no Cemitério do Rosário, chama os irmãos e irmãs que não estão mais neste mundo. A terceira no mesmo Campo Santo, diante do chão onde dorme o sacerdote-compositor são-joanense Padre José Maria Xavier, louva todos os músicos da cidade, que bem poderia se chamar Clave de Sol.
Dia 2, missa barroca, de cordas lamentosas, metais pungentes e responsórios de Trevas no entremuros altos do Cemitério das Almas, dos Passos, do Santíssimo e da Boa Morte, cada qual com sua legião de mortos. Colina da Muxinga. De lá se avista, como delimitação precisa entre os territórios do aqui e do além, do agora, do sempre e do jamais, a Serra roxazul do Lenheiro. Fúnebres, de todas as torres, em dois de novembro os sinos tocam até o sol se por. Silêncio e noite eterna depois.
E voltarão a tocar mais, outros dias do mês, com o mesmo propósito. Chamarão para missas pelos "Irmãos Defuntos" e anunciarão as "Solenes Encomendações de suas Almas": na primeira segunda-feira depois de Finados pelos irmãos das Almas; na quarta seguinte pelos da Boa Morte; na quinta pelos do Santíssimo Sacramento, na sexta pelos saudosos da Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.
As homenagens continuarão no dia 12, dedicadas aos defuntos da Ordem Terceira de São Francisco; dia 15 pelos do Carmo e também pelos de São Gonçalo.
Dia 16 as três Encomendações de Almas mais solenes evocam a memória dos falecidos da Irmandade do Rosário. A primeira, na igreja mais antiga de São João del-Rei, lembra os sacerdotes que já se foram. A segunda no Cemitério do Rosário, chama os irmãos e irmãs que não estão mais neste mundo. A terceira no mesmo Campo Santo, diante do chão onde dorme o sacerdote-compositor são-joanense Padre José Maria Xavier, louva todos os músicos da cidade, que bem poderia se chamar Clave de Sol.
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