Ainda hoje surpreende e incomoda a muita gente o fato de - em pleno centro da cidade, nas proximidades da Ponte do Rosário, beira da praia, em rua nos fundos da antiga e nobre Rua da Prata - os carroceiros estarem sempre a postos, com seus veículos e animais. Oferecem cargas de areia e estão disponíveis para fazer qualquer tipo de transporte em suas primitivas carroças: pequenas mudanças, entulhos, cargas brutas, lixo, o que lhes for pedido...
Entretanto, o que pouca gente sabe é que, muito provavelmente, a origem desta situação esteja em uma decisão pública tomada exatamente há 170 anos atrás. No dia 7 de julho de1841, a Câmara de São João del-Rei deliberou "designar o largo entre as duas pontes - atual Praça Severiano de Resende - para a Praça do Mercado, ordenando que todos os carreiros e tropeiros se postem no mesmo lugar e aí vendam à miúdo ao povo, por 24 horas." As pontes, no caso, são a Ponte de Cadeia e a Ponte do Rosário.
Passaram-se quase dois séculos, modernizaram-se o espaço urbano e os meios de transporte. Mas a memória popular - movida pela necessidade de sobrevivência - evoca e vale-se inconscientemente de uma oitocentista deliberação da Câmara, editada em um momento em que a cidade enfrentava grave carência de gêneros alimentícios.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei, 2ª edição revista e ampliada. volume 1. Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1982. Pags. 284 e 285.
Ilustração da abertura: Ponte da Cadeia - Postal lançado pela Mercator. (cerca de 1970 . acervo do autor)
Entretanto, o que pouca gente sabe é que, muito provavelmente, a origem desta situação esteja em uma decisão pública tomada exatamente há 170 anos atrás. No dia 7 de julho de1841, a Câmara de São João del-Rei deliberou "designar o largo entre as duas pontes - atual Praça Severiano de Resende - para a Praça do Mercado, ordenando que todos os carreiros e tropeiros se postem no mesmo lugar e aí vendam à miúdo ao povo, por 24 horas." As pontes, no caso, são a Ponte de Cadeia e a Ponte do Rosário.
Passaram-se quase dois séculos, modernizaram-se o espaço urbano e os meios de transporte. Mas a memória popular - movida pela necessidade de sobrevivência - evoca e vale-se inconscientemente de uma oitocentista deliberação da Câmara, editada em um momento em que a cidade enfrentava grave carência de gêneros alimentícios.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei, 2ª edição revista e ampliada. volume 1. Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1982. Pags. 284 e 285.
Ilustração da abertura: Ponte da Cadeia - Postal lançado pela Mercator. (cerca de 1970 . acervo do autor)
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