A instituição da Comenda da Liberdade e Cidadania, a ser entregue anualmente a grandes personalidades brasileiras na Fazenda do Pombal em data próxima ao dia 12 de novembro - quando, em 1746, Tiradentes foi batizado em São João del-Rei, na capela de São Sebastião do Rio Abaixo - sinaliza para uma nova visão deste herói das montanhas de Minas: a vivificação do homem Joaquim José da Silva Xavier, eternizado por seus ideais libertários. Substitui-se assim o imaginário do mártir proscrito e maldito pelo sistema colonizador português, vitimizado e derrotado na forca e no esquartejamento, resgatando a dignidade humana do herói Tiradentes.
12 de novembro não é 21 de abril -Talvez de imediato não se tenha percebido, mas este outro modo de olhar o passado com certeza indica uma nova direção que - como Joaquim José - sonhamos para o presente e para o futuro. Não mais apenas, pela lente do pessimismo, vislumbrar o fracasso, cultivar a submissão, dedicar-se ao sofrimento, curvar-se à morte. Ao contrário, enxergar desde já um agora fecundo e acreditar em um porvir luminoso de grandeza humanística e coragem humanitária.
Ouça, clicando no ícone abaixo, o hino composto e interpretado por Marcus Vianna em homenagem ao herói Tiradentes, a partir deste ano vivificado nas comemorações de seu nascimento e batismo com a entrega da Comenda da Liberdade e da Cidadania a personalidades nacionais que declaradamente, por meio de seus atos, demonstram compromisso com os ideais vivos de Joaquim José da Silva Xavier.
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