Pular para o conteúdo principal

Tencões & terentenas no Espaço Cultural Calêndula, em São João del-Rei

Direto de São João del-Rei
Apresentação presencial de um canal de comunicação virtual. Isto é um contra-senso, um disparate, um despropósito? Não. Pelo contrário, é a oportunidade de aproximação, diálogo e comunicação face a face,  superando algo que, se por um lado é a grande possibilidade da internet, por outro é sua principal limitação: a virtualidade.

Com este objetivo, na próxima sexta-feira, 18 de março, às 22 horas, o almanaque eletrônico Tencões & terentenas será presencialmente apresentado em São João del-Rei, no Espaço Cultural Calêndula, em uma programação de boas-vindas aos novos alunos do curso de Música da Universidade Federal de São João del-Rei. Você está convidado!

A breve apresentação, em um bar tão interessante, será a abertura de uma festa participativa e democrática, plena de arte, música e poesia - linguagens que muito se afinam aos propósitos deste almanaque eletrônico. Tanto se afinam que o nome Tencões & terentenas é referência e homenagem aos toques de sinos sãojoanenses, em especial àquele executado ao meio-dia da véspera de Natal na igreja do Rosário de São João del-Rei, composto por "Tencão Festivo, Nove, Terentenas e Floreados". É um toque singular, executado apenas por ocasião do Natal e, ouvido com atenção e entendimento, faz lembrar a emoção de nascer do Cristo.

Esta, por exemplo, será uma das histórias contadas durante a apresentação.

...........................................................
  *  Serviço  * 
Tencões & terentenas - lançamento em 18/03/2011 (sexta-feira) - 22 horas
 Espaço Cultural Calêndula Bar e Restaurante (Rua Marechal Deodoro, 242)

Comentários

  1. Oláa! Estive em São João Del Rei para a Mostra dos Conservatórios. Sou do grupo de dança do Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi, de Uberaba. Visitei o bar Calêndula e adoreiii. Parabénss! A cidade é lindaa! Inclusive fiz amizade com o pessoal do bar e infelizmente não tenho o contato deles. =/ Um abraço. Renata
    renatynha_santos@hotmail.com

    ResponderExcluir
  2. Renata, O espaço etílico-gastronômico-vegetariano-cultural Calêndula é de fato um lugar muito legal. Não só a área interna, quanto o pátio e a horta/jardim. Inimaginável. Cerveja gelada, cachaça da boa, petiscos deliciosos, se pedir, pode rolar até chá de ervas medicinais colhidas no quintal.

    O pessoal que frequenta é gente finíssima, descolada, inteligente. Tudo é como um parêntesis dos anos setenta na contemporaneidade do século 21.

    Quando puder, volte a São João del-Rei e ao Calêndula. Será sempre bem-vinda.

    Grande abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Debaixo de São João del-Rei, existe uma São João del-Rei subterrânea que ninguém conhece.

Debaixo de São João del-Rei existe uma outra São João del-Rei. Subterrânea, de pedra, cheia de ruas, travessas e becos, abertos por escravos no subsolo são-joanense no século XVIII, ao mesmo tempo em que construíam as igrejas de ouro e as pontes de pedra. A esta cidade ainda ora oculta se chega por 20 betas de grande profundidade, cavadas na rocha terra adentro há certos 300 anos.  Elas se comunicam por meio de longas, estreitas e escuras galerias - veias  e umbigo do ventre mineral de onde se extraíu, durante dois séculos, o metal dourado que valia mais do que o sol. Não se tem notícia de outra cidade de Minas que tenha igual patrimônio debaixo de seu visível patrimônio. Por isto, quando estas betas tiverem sido limpas e tratadas como um bem histórico, darão a São João del-Rei um atrativo turístico que será único, no Brasil e no mundo. Atualmente, uma beta, nas imediações do centro histórico, já pode ser visitada e percorrida. Faltam outras 19, já mapeadas, dependendo da sensi

Em São João del-Rei não se duvida: há 250 anos, Tiradentes bem andou pela Rua da Cachaça...

As ruas do centro histórico de São João del-Rei são tão antigas que muitas delas são citadas em documentos datados das primeiras décadas do século XVIII. Salvo poucas exceções, mantiveram seu traçado original, o que permite compreender como era o centro urbano são-joanense logo que o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes tornou-se Vila de São João del-Rei. O Largo do Rosário, por exemplo, atual Praça Embaixador Gastão da Cunha, surgiu antes mesmo de 1719, pois naquele ano foi benta a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, nele situada e que originalmente lhe deu nome. Também neste ano já existia o Largo da Câmara, hoje, Praça Francisco Neves, conforme registro da compra de imóveis naquele local, para abrigar a sede da Câmara de São João del-Rei. A Rua Resende Costa, que liga o Largo do Carmo ao Largo da Cruz, antigamente chamava-se Rua São Miguel e, em 1727, tinha lojas legalizadas, funcionando com autorização fornecida pelo Senado da Câmara daquela Vila colonial.  Por

Padre José Maria Xavier, nascido em São João del-Rei, tinha na testa a estrela da música barroca oitocentista

 Certamente, há quase duzentos anos , ninguém ouviu quando um coro de anjos cantou sobre São João del-Rei. Anunciava que, no dia 23 de agosto de 1819, numa esquina da Rua Santo Antônio, nasceria uma criança mulata, trazendo nas linhas das mãos um destino brilhante: ser um dos grandes - senão o maior - músico colonial mineiro do século XIX . Pouco mais de um mês de nascido, no dia 27 de setembro, (consagrado a São Cosme e São Damião) em cerimônia na Matriz do Pilar, o infante foi batizado com o nome  José Maria Xavier . Ainda na infância, o menino mostrou gosto e vocação para música. Primeiro nos estudos de solfejo, com seu tio, Francisco de Paula Miranda, e, em seguida dominando o violino e o clarinete. Da infância para a adolescência, da música para o estudo das linguas, José Maria aprendeu Latim e Francês, complementando os estudos com História, Geografia e Filosofia. Tão consistente era seu conhecimento que necessitou de apenas um ano para cursar Teologia em Mariana . Assim, j