"A vida necessita de pausas", sentenciou Carlos Drummond de Andrade. Por isso, é bom que exista o dia de domingo e que o domingo possa ser uma das pausas reivindicadas pelo poeta.
Falando sobre os domingos, Adélia Prado fez o seguinte poema, que parece ser um retrato nostálgico das antigas e distantes tardes dominicais de São João del-Rei:
Para comer depois
Na minha cidade, nos domingos de tarde,
as pessoas se põem na sombra com faca e laranjas.
Tomam a fresca e riem do rapaz de bicicleta,
a campainha desatada, o aro enfeitado de laranjas:
'Eh bobagem!'
Daqui a muito progresso tecno-ilógico,
quando for possível detectar o domingo
pelo sumo das laranjas no ar e bicicletas,
em meu país de memória e sentimento,
basta fechar os olhos:
é domingo, é domingo, é domingo.
Pra completar a mansidão desta tarde de domingo, nada melhor do que Retrato em Branco e Preto (Portrait in black and white) na profunda e nostálgica interpretação de Chet Baker.
Falando sobre os domingos, Adélia Prado fez o seguinte poema, que parece ser um retrato nostálgico das antigas e distantes tardes dominicais de São João del-Rei:
Para comer depois
Na minha cidade, nos domingos de tarde,
as pessoas se põem na sombra com faca e laranjas.
Tomam a fresca e riem do rapaz de bicicleta,
a campainha desatada, o aro enfeitado de laranjas:
'Eh bobagem!'
Daqui a muito progresso tecno-ilógico,
quando for possível detectar o domingo
pelo sumo das laranjas no ar e bicicletas,
em meu país de memória e sentimento,
basta fechar os olhos:
é domingo, é domingo, é domingo.
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