Ainda hoje realizada com grande dignidade, no dia 20 de janeiro de cada ano, nos séculos XVIII e XIX a festa de São Sebastião figurava entre as mais importantes do calendário religioso da Vila de São João del-Rei. Tanto que era comum o senado da câmara fazer parte do cortejo, como por exemplo ocorreu em 1755 e em 1810, levando à frente do grupo o estandarte que o distinguia como representante do poder público. Isto acontecia nas mais importantes procissões, como de Corpus Christi, Anjos Custódios, São Jorge e outras.
Com o tempo, este costume caiu em desuso, mesmo como tradição, e não mais se vê a Câmara Municipal, como corporação, presente em nenhuma celebração religiosa. Hoje, muito não mais se vê nenhum vereador ou ocupante de cargo público municipal carregar insígnia ou lanterna junto ao pálio nas procissões são-joanenses, a não ser na Procissão do Senhor Morto, realizada na noite da Sexta-feira da Paixão.
Se para os religiosos esta tradicional procissão é expressão de fé, para os outros é como uma vitrine ambulante de grande visibilidade. Não só na cidade, mas também na região, no Estado e, alguns anos, até nacional.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume I . 2ª edição revista e aumentada. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1982.
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