Não é de hoje que a alegria e o entusiasmo, em determinadas ocasiões, tomam conta das ruas e do povo de São João del-Rei. Desde os primeiros tempos do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes, sua população, principalmente os negros, via em tudo oportunidade para festejar a vida e cair na gandaia e na folia, com rodas de batuques, cateretês e folguedos.
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Como eram espontâneas, autônomas e independentes, estas aglomerações incomodavam o poder público: afinal a alegria tem muita força; ninguém sabe do que uma pessoa feliz é capaz, se for exposta a um regime restritivo e opressor.
Por isso, no dia 13 de janeiro de 1720, cumprindo o que determinou o Conde de Assumar, o Senado da Câmara da Vila de São João del-Rei publicou edital proibindo que os negros se juntassem para fazer bailes e folguedos.
A ordem era tão severa que novo edital foi publicado quatro dias depois, no dia 17, reforçando a determinação. Temia-se as ameaça de danos, insubordinações e revoltas que a união e a alegria coletiva do povo poderiam provocar. Este segundo edital determinava, inclusive, os tipos de vestimentas que os escravos, cotidianamente, não poderiam usar.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume I. Segunda edição revista e aumentada. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Belo Horizonte. 1982.
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