O grande poeta Carlos Drummond de Andrade assim percebeu São João del-Rei e registrou no poema Lanterna Antiga, publicado em seu primeiro livro Alguma Poesia, lançado em 1930:
"Quem foi que apitou?
Deixa dormir o Aleijadinho, coitadinho.
Almas antigas que nem casas.
Melancolia das legendas.
As ruas cheias de mulas-sem-cabeça
correndo para o Rio das Mortes
e a cidade paralítica
no sol
espiando a sombra dos emboabas
no encantamento das alfaias.
Sinos começam a dobrar.
E todo me envolve
uma sensação fina e grossa."
Vale notar que, para o poeta, uma das características mais marcantes de nossa terra é a sonoridade - sinal de vida - evidência de ação, dinâmica e movimento - marca de outrora e do presente.
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Ilustração: Caminho de telhados rumo à igreja do Carmo (foto do autor)
"Quem foi que apitou?
Deixa dormir o Aleijadinho, coitadinho.
Almas antigas que nem casas.
Melancolia das legendas.
As ruas cheias de mulas-sem-cabeça
correndo para o Rio das Mortes
e a cidade paralítica
no sol
espiando a sombra dos emboabas
no encantamento das alfaias.
Sinos começam a dobrar.
E todo me envolve
uma sensação fina e grossa."
Vale notar que, para o poeta, uma das características mais marcantes de nossa terra é a sonoridade - sinal de vida - evidência de ação, dinâmica e movimento - marca de outrora e do presente.
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Ilustração: Caminho de telhados rumo à igreja do Carmo (foto do autor)
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