Para alguns, a complementação do nome deste Almanaque Digital tem um erro ortográfico: Midas Gerais ou Minas Gerais?
Erro, que nada! A construção D’El-Rey - Midas Gerais foi intencional, unindo em uma única ideia três elementos. Uma parte do nome de São João del-Rei, o mito do Rei Midas e o Estado de Minas Gerais.
Racismos e preconceitos à parte, querem escrever o novo samba do crioulo doido? O que o pé tem a ver com as calças? Tudo e mais um pouco. Ouro, minha gente, ouro!... Midas, conta a lenda, era aquele rei que, tendo levado a Dionísio o sátiro e mestre Sileno, então perdido em meio a orgias e bebedeiras, recebeu como prêmio do deus grego a satisfação de um desejo. Ambicioso e avarento por mais poder e riqueza, Midas não pediu pouco. Queria transformar em ouro tudo o que tocasse. Assim se fez. Só que o encanto (ou feitiço) quase virou contra o feiticeiro, pois por pouco o rei não morreu de fome, impossibilitado de tocar na comida. Vem daí, no sentido positivo, a expressão ‘toque de Midas’,ou seja transformar tudo em ouro...
Em outra lenda, por ter feito um julgamento interesseiro e equivocado, num concurso de música, Midas foi castigado por Apolo com grandes orelhas de burro. Envergonhado, teve que andar muitos anos com a cabeça coberta por um chapéu. O castigo foi tão forte que até o vento, soprando entre os caniços, cantava: o Rei Midas tem orelhas de burro!
Mitos, parábolas, fábulas e lendas não surgiram por acaso e cumprem função educativa. Por isso, aprendamos com elas. Antes de fazermos nossas escolhas e nossos julgamentos, miremos criticamente os exemplos do Rei Midas...
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Texto e foto: Antonio Emilio da Costa
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