Não se sabe bem porque, mas a simpatia e a afeição de São João del-Rei pela Itália fertilmente germinavam antes mesmo que chegassem à cidade os primeiros imigrantes italianos. E também que soldados são-joanenses imaginassem um dia atravessar oceanos rumo aos gelados campos de batalha italianos, para bravamente lutar na segunda guerra mundial.
Tanto que no dia 9 de agosto de 1900 - ou seja, há 113 anos -, a cidade realizou solenes exéquias em memória do rei italiano Humberto I, assassinado por um compatriota anarquista no dia 23 de julho daquele ano- o primeiro do século XX. Até então, durante todo o período da colônia e do império, São João del-Rei realizava este tipo de solenidade fúnebre apenas para homenagear defuntos da família real portuguesa.
Em nossa terra, as cerimônias póstumas dedicadas ao falecido rei Humberto realizaram-se num único dia, mas em dois locais e em duas ocasiões diferentes. Primeiro, foi um ato litúrgico, na igreja do Carmo, com participação especial da Orquestra Lira Sanjoanense, bicentenária e até hoje atuante, e da Banda de Música da Guarnição Federal, tocando requiéns e marchas fúnebres.
Depois, no Teatro Municipal, realizou-se uma cerimônia cívica, em que um monumento provisório, posto no meio ao palco, ostentava a fotografia do monarca morto, cercada pelas bandeiras e pelo brasão de armas dos dois países. Ouviu-se o Hino Nacional Brasileiro e a Marcha Real Italiana, abrindo a sessão que foi presidida pelo major Ferreira da Luz. Autoridades são-joanenses e importantes membros da Comissão Central da Colônia Italiana proferiram dez discursos e coube ao tenente Izidro Figueiredo a honra de ser o orador oficial daquela cerimônia.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume II, segunda edição revista e aumentada. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1982.
Tanto que no dia 9 de agosto de 1900 - ou seja, há 113 anos -, a cidade realizou solenes exéquias em memória do rei italiano Humberto I, assassinado por um compatriota anarquista no dia 23 de julho daquele ano- o primeiro do século XX. Até então, durante todo o período da colônia e do império, São João del-Rei realizava este tipo de solenidade fúnebre apenas para homenagear defuntos da família real portuguesa.
Em nossa terra, as cerimônias póstumas dedicadas ao falecido rei Humberto realizaram-se num único dia, mas em dois locais e em duas ocasiões diferentes. Primeiro, foi um ato litúrgico, na igreja do Carmo, com participação especial da Orquestra Lira Sanjoanense, bicentenária e até hoje atuante, e da Banda de Música da Guarnição Federal, tocando requiéns e marchas fúnebres.
Depois, no Teatro Municipal, realizou-se uma cerimônia cívica, em que um monumento provisório, posto no meio ao palco, ostentava a fotografia do monarca morto, cercada pelas bandeiras e pelo brasão de armas dos dois países. Ouviu-se o Hino Nacional Brasileiro e a Marcha Real Italiana, abrindo a sessão que foi presidida pelo major Ferreira da Luz. Autoridades são-joanenses e importantes membros da Comissão Central da Colônia Italiana proferiram dez discursos e coube ao tenente Izidro Figueiredo a honra de ser o orador oficial daquela cerimônia.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume II, segunda edição revista e aumentada. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1982.
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