Se fosse possível, se poderia dizer que a música, cada vez mais, faz parte do dia a dia de São João del-Rei. Mas isto não é verdade. Tão estreitos e intensos são os laços que unem a música e a terra são-joanense que é inconcebível pensar uma sem a outra, um só instante.
No entanto, tal qual começo de namoro, no dia a dia música e cidade se encantam com brilho e frescor, sorriem, se enternecem e se embalam nos mais diferentes ritmos: sonatas, serenatas, sambas, suites, sinfonias, valsas, marchas, maxixes, chorinhos, batucadas, funks e rocks. Música clássica, rara, barroca, antiga, sacra, popular, folclórica, urbana, experimental, vanguarda - não importa. Sendo boa, de qualidade, é o que agrada.
Imagine você: no suave anoitecer de uma quase primavera, atravessar um jardim de manacás roxebranco floridos para ouvir, quase ao pé do ouvido, duas gerações de Bach. O pai, seiscentista, e três de seus muitos filhos, setecentistas. Todos unidos em sonatas para cravo e flauta, na arte e engenho da organista Elisa Freixo e do flautista Antonio Carlos Guimarães.
Para isto, basta ir, na próxima sexta-feira, dia 14 de setembro, às oito da noite, na sede da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei. E se no sábado você quiser saber mais sobre música barroca e participar de um bate-papo com os dois instrumentistas sobre a obra de Bach, não deixe de ir, às 14 horas à sede do Museu Regional. Tudo de graça!
Mas não hesite. É verdade que a música faz parte do dia a dia, é a vida e a alma de São João del-Rei. Mas cada oportunidade é única. E pode não se repetir. Ouça, abaixo, um trecho da monumental Sonata in G Minor. Fique atento, mas não se apresse, tem uma pequena pausa aos 4 minutos, mas depois continua tão bonita quanto antes.
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