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O doce e Sagrado Coração de São João del-Rei



Certamente foi pensando em São João del-Rei que Herivelto Martins compôs a célebre modinha Ave Maria do Morro, pois o povo são-joanense passa, quase os 365 dias do ano, "pertinho do céu". Festeja, na terra onde os sinos falam, com entusiasmo e devoção, tudo o que alegra os anjos no céu.

Junho, por exemplo, do lado de dentro das muralhas da Serra do Lenheiro, é o mês do Coração de Jesus, em honra do que acontecem, na Matriz do Pilar, há quase duzentos anos, missas, pregações, meditações e bênção diária do Santíssimo Sacramento. As cerimônias são musicadas com obras de vários compositores barrocos são-joanenses, entre eles o Padre José Maria Xavier, João Feliciano de Souza, Luiz Batista Lopes e Carlos dos Passos Andrade.

A imagem do Coração Santo que sobe ao altar-mor nesta época veio da França em maio de 1881, e o Apostolado são-joanense da Oração, responsável por difundir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, este ano está completando 120 anos. Na segunda sexta-feira depois da solenidade de Corpus Christi - portanto amanhã - o Apostolado acolhe novos membros e promove Hora Santa Solene às 15 horas, momento em que o sino da Irmandade dos Passos tradicionalmente dobra em memória da morte de Cristo.

No último domingo de junho, mantendo a tradição e encerrando as homenagens anuais, uma procissão luminosa percorre as ruas estreitas do centro histórico. Nela, vão em andores enfeitados os dois santos deste mês: São João Batista, com o Cordeiro de Deus, e Jesus, tendo à mão o seu Sagrado Coração. O cortejo reúne onze irmandades religiosas, confrarias,  arquiconfrarias e ordens terceiras de São João del-Rei e segue seu ritmo ao som de uma marcha alegre, tocada pela Banda Theodoro de Faria, e dos dobres e repiques festivos dos sinos são-joanenses.



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Fonte: Paróquia do PilarPiedosas e solenes tradições de nossa terra - 2º Volume

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