Em São João del-Rei, quando o assunto é Carnaval, a alegria não escolhe lugar. Insubordinada na sua emoção despreocupada e expansiva, ignora restrições, subverte convenções, extrapola limitações - toma conta de todos. Em toda parte...
Democrática, dialoga com todos, rompendo barreiras possíveis e inimagináveis. E nem espera a chegada de Momo. Mal janeiro vira as costas, largos, praças, cantos, becos viram campos de artilharia das baterias de escolas de samba. Nem o Largo do Carmo, com sua pompa e circunstância, escapa.
Pelo contrário, é exatamente no portão do solene e altivo Cemitério do Carmo que uma bateria se instala. Dali, do por do sol ao primeiro cantar do galo, vibra suas caixas, surdos, metais e chocalhos, hipnotizando em frenesi o requebrar alucinante das mulatas, o gingar gracioso das cabrochas, o deslizar dolente das pastoras, o gira-girar rendado das baianas. Toda noite. Tudo com o maior respeito. Quem disse que a alegria não combina com a lembrança e com a saudade?
Em São João del-Rei, quando o assunto é Carnaval, a alegria não se intimida com a morte. Quase a convida para a festa. Para isto, tem o Bloco dos Caveiras...
Para saber mais sobre o Bloco dos Caveiras, veja
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