Há quase 300 anos o povo de São João del-Rei participa - com fé, devoção e encantamento - da sublime novena barroca de Nossa Senhora das Mercês. É um ofício encantador, numa capela delicadamente dourada, entre flores, incensos, música suave que vem de violas, violinos, violoncelos, flautas, clarinetas e de belas vozes que se harmonizam em rendilhados de notas musicais que formam volutas sonoras inigualáveis.
O sino sozinho, na torre altaneira, soberana e solitária, toca alegre. Padre Geraldo canta vigoroso responsórios seculares, que orquestra e fieis, em coro único, respondem convictos. Fieis em sua maioria negros de carapinha branca, entre jovens e crianças, compenetrados vivenciam por uma hora e meia, um amoroso abraço imaginário com Nossa Senhora das Mercês. Com o olhar trocam palavras, fazem pedidos, promessas, agradecimentos. A tudo a Virgem acolhe de braços abertos e face levemente inclinada na direção da mão direita, que estende para o povo são-joanense com um buquê de cravos brancos, jasmins, flores de laranjeira, graças, bênçãos, alegrias, vitórias e favores.
Quem a vê, serena em seu trono, não imagina que, outrora, mãe zelosa, desceu sua colina para despedir-se dos filhos soldados que embarcaram para a Guerra da Itália. Protegeu-os no combate nas montanhas nevadas e, tempos depois, novamente foi às ruas para buscá-los - sempre de braços abertos, com o buquê de felicidades e sorrisos.
Aqueles que não resgatou vivos do inimigo nazista, Nossa Senhora das Mercês um a um conduziu-os ao céu, onde até hoje, como meninos, eles brincam com as estrelas e se encantam com os fogos de artifício que brilham no anoitecer de todo dia 24 de setembro.
O sino sozinho, na torre altaneira, soberana e solitária, toca alegre. Padre Geraldo canta vigoroso responsórios seculares, que orquestra e fieis, em coro único, respondem convictos. Fieis em sua maioria negros de carapinha branca, entre jovens e crianças, compenetrados vivenciam por uma hora e meia, um amoroso abraço imaginário com Nossa Senhora das Mercês. Com o olhar trocam palavras, fazem pedidos, promessas, agradecimentos. A tudo a Virgem acolhe de braços abertos e face levemente inclinada na direção da mão direita, que estende para o povo são-joanense com um buquê de cravos brancos, jasmins, flores de laranjeira, graças, bênçãos, alegrias, vitórias e favores.
Quem a vê, serena em seu trono, não imagina que, outrora, mãe zelosa, desceu sua colina para despedir-se dos filhos soldados que embarcaram para a Guerra da Itália. Protegeu-os no combate nas montanhas nevadas e, tempos depois, novamente foi às ruas para buscá-los - sempre de braços abertos, com o buquê de felicidades e sorrisos.
Aqueles que não resgatou vivos do inimigo nazista, Nossa Senhora das Mercês um a um conduziu-os ao céu, onde até hoje, como meninos, eles brincam com as estrelas e se encantam com os fogos de artifício que brilham no anoitecer de todo dia 24 de setembro.
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