1823. Diminuído o brilho do ouro, já esgotado à flor da terra e escasseado nas betas e galerias, a vila de São João del-Rei florescia como um entreposto comercial de produtos vindos da capital do Império, Rio de Janeiro, e da Europa.
Passara-se um ano do grito retumbante que "ouviram do Ipiranga as margens plácidas", libertando o Brasil de Portugal, quando observadores viajantes estrangeiros estiveram em São João del-Rei. O que viram na quarta vila instituída em Minas Gerais, em 1713, assim registraram:
. Saint-Hilaire - "Depois que o Brasil se tornou independente e os habitantes de São João del-Rei renunciaram, ao menos em parte, a mineração, esta vila tornou-se centro de considerável comércio, que tende a aumentar com o tempo."
. Spix e Martius - "Quanto aqui é animado o comércio logo se vê pelo fato de fazerem quatro tropas, cada uma de 50 cargueiros, contínuas viagens para lá e para cá da capital anualmente, levando toicinho, queijos, algum tecido de algodão, chapéus de feltro, gado bovino, mulas, galinhas, panos, rendas, utensílios de ferro, vinhos, cervejas, licores, etc.
O estrangeiro vê-se com prazer em uma pequena cidade comercial.
Ruas bem calçadas, belas igrejas guarnecidas com pinturas de artistas nacionais, lojas bem fornecidas de todos os artigos de luxo e do comércio europeu, muitas oficinas, etc. indicam a riqueza do lugar que, por suas transações com o sertão, é considerado entre os mais animados do Brasil."
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Fonte: SOBRINHO, Antonio Gaio. Sanjoanidades. Um passeio histórico e turístico por São João del-Rey. Esdeva Empresa Gráfica Ltda. Juiz de Fora, 1996.
Ilustração: ARARIPE, Oscar. Rua Santo Antônio - gentil colaboração ao Almanaque Eletrônico Tencões e Terentenas.
Este alma...naque tem alma! Sua alma se chama ANTÔNIO EMÍLIO DA COSTA. Você é um homem de essência, que mesmo distante não renega o rincão natal. Suas páginas revelam ao mundo a pujante cultura são-joanense. Não pare!!! Abç.Ulisses.
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