A mais movimentada delas começa nesta quinta-feira, antigo Dia da Ascensão do Senhor, no santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Consta que ela acontece desde 1774 e que, em 150 anos, se tornou uma das mais importantes festas do Divino de Minas Gerais, tão grandiosa que foi elevada a Jubileu. Mas, segundo alguns estudiosos, por interesse da Igreja ela foi suspensa no começo do século XX, pelo arcebispo de Mariana, e só voltou a ser realizada há cerca de 30 anos, por anseio e ação da comunidade. E desde então já recuperou, em muito, sua importância regional.
A programação do Jubileu do Divino Espírito Santo de Matosinhos é muito intensa, e também diversificada. Inclui toque de tambores e caixas, missas, novena, cavalgadas, cortejo do Imperador e do Imperador Perpétuo Santo Antônio, folias do Divino, congadas e procissão, além de alvorada festiva, show musical e várias outras atividades. Em todas elas há grande participação popular, inclusive contribuindo para a organização e realização dos festejos.
O Jubileu realizado em São João del-Rei, no bairro de Matosinhos, apesar de sua indescritível riqueza cultural, é, acima de qualquer coisa, uma prática religiosa motivada pela devoção ao Espírito Santo Paráclito. Tanto que, em séculos passados, os devotos mandavam pintar, moldar e esculpir ex-votos de madeira e cera, para ilustrar milagres alcançados por intermediação daquele que é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Vinha gente de longe, de trem, carro, carroça, a cavalo e a pé para beijar a imagem, fazer orações, deixar uma prenda ou uma esmola, agradecer milagres e também deixar seu testemunho na forma de uma estampa ou objeto devocional.
A festa só termina quando anoitece o Domingo de Pentecostes, que este ano cai no dia 8 de junho.
Salve o Divino! Viva este almanaque!
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