Estes versos mancos, de minha autoria, foram escritos por ocasião das comemorações dos trezentos anos da elevação do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes à Vila de São João del-Rei. Eles bem poderiam chamar-se Balada do São-Joanense Ausente, visto que retratam como o homem aqui nascido, quando transplantado para outras terras, leva consigo, em sua alma, a alma de São João del-Rei.
Herança e lembrança de São João del-Rei
Quando penso em São João del-Rei
em meu peito bate um sino.
Sonoro e feliz como um menino,
criança distante que guardo e sei..
Quando penso em São João del-Rei
em minhas veias corre um trem.
Maria fumaça fugindo pr'além.
Vagões alegres, fornalha em brasa, torpor intenso
chaminé dourado, esbravejando alto nuvens de incenso.
Se me esqueço de São João del-Rei
minha alma esfria e escurece.
A lua não vem, a noite desce,
sereno frio, nada me aquece.
Meu dia nasce cinza e triste,
sem clave de sol!
E a gente segue pesado, de sino e de trem, até regressar à terrinha e ficar leve, leve!
ResponderExcluirKk, que você regresse sempre, em espaços cada vez menores de tempo. São João del-Rei sorri feliz e revigorada sempre que isto acontece...
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