Estamos às vésperas da festa de São Sebastião, que começa amanhã com uma novena noturna, e toques de sinos ao meio dia, às três e às seis da tarde, na Matriz do Pilar. Em grande parte cantada pela Orquestra Lira Sanjoanense, com repertório composto por músicos são-joanenses especialmente para esta data, a novena (vídeo abaixo) se repete diariamente às sete da noite até o dia 19 - dia 20, consagrado ao santo a cerimônia é outra: uma procissão que sai pelo lado direito da Matriz à Hora do Ângelus e, ao som da Banda de Música, segue rumo ao Largo das Mercês, atravessa o Largo da Cruz, cruza o Largo do Carmo e retorna pela à Catedral, onde tudo termina com um Te Deum Laudamus.
Guerreiro, São Sebastião vence e afasta para longe a "peste, a fome e a guerra", pelo que sua devoção é muito difundida em São João del-Rei desde a época em que surgiu o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes.
Sua festa é das poucas que unem o erudito e o popular. Além da novena, procissão e Te Deum barrocos, São Sebastião é homenageado também com folias que percorrem casas e ruas dos bairros periféricos e desfilam na procissão, guarnecida pelas irmandades. Durante o cortejo, a folia segue em silêncio e assim muitas vezes permanece até quando, na chegada da procissão, fica por um tempo concentrada no adro da Matriz do Pilar. O silêncio é expressão de respeito, pois a folia é ritmada por instrumentos de percussão que a Igreja Católica de outrora julgava profanos.
Por ser um santo guerreiro, o andor de São Sebastião é enfeitado por flores vermelhas e carregados por soldados do Exército, fardados. Às vezes, a Banda de Música que toca durante o trajeto é também do 11º Batalhão de Infantaria e Montanha.
Por este ano acontecer em um dia útil no meio da semana, quando a vida urbana funciona normalmente, é possível que a procissão de São Sebastião não conte com a presença de todos os devotos do santo. Mas mesmo que não compareçam à igreja para seguir o andor da imagem e beijar a fita vermelha que pende do santo muitos são-joanenses elevarão o pensamento e alguns até farão o sinal da cruz quando os sinos da Matriz, das Mercês e do Carmo anunciarem a passagem da procissão e foguetes estourarem saudando o santo mártir, flexado, representado em uma das imagens mais antigas da Matriz do Pilar.
Salve o glorioso São Sebastião! Livrai-nos da peste, da fome e da guerra!
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Texto e foto: Antonio Emilio da Costa
Guerreiro, São Sebastião vence e afasta para longe a "peste, a fome e a guerra", pelo que sua devoção é muito difundida em São João del-Rei desde a época em que surgiu o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes.
Sua festa é das poucas que unem o erudito e o popular. Além da novena, procissão e Te Deum barrocos, São Sebastião é homenageado também com folias que percorrem casas e ruas dos bairros periféricos e desfilam na procissão, guarnecida pelas irmandades. Durante o cortejo, a folia segue em silêncio e assim muitas vezes permanece até quando, na chegada da procissão, fica por um tempo concentrada no adro da Matriz do Pilar. O silêncio é expressão de respeito, pois a folia é ritmada por instrumentos de percussão que a Igreja Católica de outrora julgava profanos.
Por ser um santo guerreiro, o andor de São Sebastião é enfeitado por flores vermelhas e carregados por soldados do Exército, fardados. Às vezes, a Banda de Música que toca durante o trajeto é também do 11º Batalhão de Infantaria e Montanha.
Por este ano acontecer em um dia útil no meio da semana, quando a vida urbana funciona normalmente, é possível que a procissão de São Sebastião não conte com a presença de todos os devotos do santo. Mas mesmo que não compareçam à igreja para seguir o andor da imagem e beijar a fita vermelha que pende do santo muitos são-joanenses elevarão o pensamento e alguns até farão o sinal da cruz quando os sinos da Matriz, das Mercês e do Carmo anunciarem a passagem da procissão e foguetes estourarem saudando o santo mártir, flexado, representado em uma das imagens mais antigas da Matriz do Pilar.
Salve o glorioso São Sebastião! Livrai-nos da peste, da fome e da guerra!
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Texto e foto: Antonio Emilio da Costa
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