Em São João del-Rei, moleque, o passado salta de cada esquina.
Escorre pelos becos, onde casas de beirais de cachorros e de beiras-seveiras
se abraçam solidárias, ombro a ombro, para permanecerem de pé
neste tempo de incertezas, de inseguranças e de impermanências.
Em São João del-Rei, misterioso, o passado nos espreita de cada janela,
do outro lado de recostadas bandeiras e fechadas guilhotinas.
Do alto das torres seculares, grita na boca dos sinos, com retorcidos dobres.
Suaviza a vida, na doçura do algodão doce, do cartucho de amêndoa de côco.
Tal qual o mitológico deus Chronos, São João del-Rei tem domínio do tempo
Em São João del-Rei também é passado até o que ainda não passou.
Em São João del-Rei inclusive é passado o que sequer aconteceu.
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Rememore abaixo, nesta Sexta-Feira da Paixão, dia maior da Santa dos 300 anos de instituição da Vila de São João del-Rei, o que Tencões e terentenas publicou no início desta Quaresma.
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br/2013/02/a-paixao-segundo-sao-joao-del-rei-300.html
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