Sobretudo a partir da vinda dos intelectuais modernistas à nossa cidade, no começo do século 20, São João del-Rei passou a ser paisagem muito retratada por um sem-número de artistas plásticos, principalmente desenhistas e pintores, que vinham a esta terra em busca da originalidade, da graça, das cores, da vivacidade e da simplicidade de nossa paisagem.
De Quirino Campofiorito a Tom Maia, de Alberto da Veiga Guignard e José Pancetti a Emeric Marcier e Carlos Bracher - cada qual com sua percepção humana, geográfica e cultural, sua técnica e sua sensibilidade - a "terra da música, onde os sinos falam" foi e continua sendo grande musa inspiradora. Isto sem citar os consagrados fotógrafos e cinegrafistas, que para cá voltaram suas lentes e flashes e, também, lembrar dos viajantes europeus que por aqui passaram no século 19 e produziram desenhos muito importantes para conhecermos como era nossa região naquela época, há duzentos anos atrás.
Entretanto, essa produção é majoritariamente desconhecida da população de São João del-Rei, bem como quem são e como são importantes seus autores. E, inclusive, como esses desenhos e pinturas são patrimônio de valor inestimável na divulgação das tradições e da arquitetura de nossa cidade.
Sempre que relembro e considero o que digo acima, uma coisa me vem à cabeça: como São João del-Rei foi (e ainda é) uma presença significativa no universo das artes plásticas brasileiras. E como toda essa produção precisa ser identificada, localizada, reproduzida e divulgada em uma exposição permanente nossa cidade.
E, mais: que ela seja revista por artistas são-joanenses, repintando e bordando na atualidade - tais quais são hoje - os cenários que os grandes artistas nacionais pintaram muitas décadas atrás. Esta ideia me acompanha há muitos anos e eu a oficializo aqui, neste Almanaque Digital, hoje, primeiro de fevereiro de 2020. Menos uma hora antes do Dia de Iemanjá 02.02.2020!
Ainda não a estruturei em um projeto, assim como também ainda não a comentei com ninguém, sequer sondando possíveis parceiros nesta empreitada. Mas faço isso aqui, agora, pois sei que pessoas comuns, artistas, intelectuais e instituições sensíveis e comprometidas facilmente alcançarão, compreenderão e se disporão a participar e colaborar com esta iniciativa-epopeia-maratona-empreendimento cultural.
Como se lançasse no mar azul um barquinho de presentes para Iemanjá (flor, pente, espelho, perfume, e outros agrados), pedindo proteção, e acendesse uma vela para Nossa Senhora das Candeias, pedindo claridade de atitude e pensamento, lanço oficialmente entre os leitores e amigos esta ideia. A vocês, peço consideração.
Quem sabe tudo isso dê certo e esta ideia não se torne uma realização? São João del-Rei - e os são-joanenses - merecem!
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Texto - Antonio Emilio da Costa
Desenho - Quirino Campofiorito
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/113/col_mono_n100_saojoaodelrei.pdf
De Quirino Campofiorito a Tom Maia, de Alberto da Veiga Guignard e José Pancetti a Emeric Marcier e Carlos Bracher - cada qual com sua percepção humana, geográfica e cultural, sua técnica e sua sensibilidade - a "terra da música, onde os sinos falam" foi e continua sendo grande musa inspiradora. Isto sem citar os consagrados fotógrafos e cinegrafistas, que para cá voltaram suas lentes e flashes e, também, lembrar dos viajantes europeus que por aqui passaram no século 19 e produziram desenhos muito importantes para conhecermos como era nossa região naquela época, há duzentos anos atrás.
Entretanto, essa produção é majoritariamente desconhecida da população de São João del-Rei, bem como quem são e como são importantes seus autores. E, inclusive, como esses desenhos e pinturas são patrimônio de valor inestimável na divulgação das tradições e da arquitetura de nossa cidade.
Sempre que relembro e considero o que digo acima, uma coisa me vem à cabeça: como São João del-Rei foi (e ainda é) uma presença significativa no universo das artes plásticas brasileiras. E como toda essa produção precisa ser identificada, localizada, reproduzida e divulgada em uma exposição permanente nossa cidade.
E, mais: que ela seja revista por artistas são-joanenses, repintando e bordando na atualidade - tais quais são hoje - os cenários que os grandes artistas nacionais pintaram muitas décadas atrás. Esta ideia me acompanha há muitos anos e eu a oficializo aqui, neste Almanaque Digital, hoje, primeiro de fevereiro de 2020. Menos uma hora antes do Dia de Iemanjá 02.02.2020!
Ainda não a estruturei em um projeto, assim como também ainda não a comentei com ninguém, sequer sondando possíveis parceiros nesta empreitada. Mas faço isso aqui, agora, pois sei que pessoas comuns, artistas, intelectuais e instituições sensíveis e comprometidas facilmente alcançarão, compreenderão e se disporão a participar e colaborar com esta iniciativa-epopeia-maratona-empreendimento cultural.
Como se lançasse no mar azul um barquinho de presentes para Iemanjá (flor, pente, espelho, perfume, e outros agrados), pedindo proteção, e acendesse uma vela para Nossa Senhora das Candeias, pedindo claridade de atitude e pensamento, lanço oficialmente entre os leitores e amigos esta ideia. A vocês, peço consideração.
Quem sabe tudo isso dê certo e esta ideia não se torne uma realização? São João del-Rei - e os são-joanenses - merecem!
Texto - Antonio Emilio da Costa
Desenho - Quirino Campofiorito
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/113/col_mono_n100_saojoaodelrei.pdf
Conte com minhas linhas e pontos!
ResponderExcluirContamos muito, pois com toda certeza enriquecerão demais este projeto, quando ele for implementado, e desde já agradecemos
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