Fé, festa, arte, alegria, vida e cultura para saudar Nhá Chica no Rio das Mortes e em São João del-Rei
Em São João del-Rei, é muito difícil separar o que é fé do que é festa. Sempre foi assim, Desde os anos setecentos, quando Nossa Senhora do Pilar, padroeira, trouxe bandeirantes para este vale da Serra do Lenheiro e os fixou ao longo do curso d'água cujo nome faz lembrar a figura misteriosa que, no começo de tudo, era visto solitário a catar lenha e ervas nas encostas da serra.
Fé, festa, religiosidade, cultura, rituais, liturgias, teatro, música, artes plásticas, concertos, celebrações, gastronomias - tudo em São João del-Rei é posto em prática sempre que chega a hora de lembrar a aliança que existe entre Deus e os são-joanenses e renovar votos de amor divino. Seja nas celebrações alegres, trágicas ou festivas, seja Natal, Paixão de Cristo ou exaltações a Nossa Senhora, em todas elas a arte está presente. Em sons, cores, perfumes, movimentos, sabores, visões, enfim em tudo o que prova ser o homem a mais perfeita obra da criação divina.
Assim será a comemoração do 203o aniversário do nascimento e batismo de Nhá Chica no Rio das Mortes, distrito de São João del-Rei: missas, serenatas, festejos, novenas, retretas, procissões, foquetórios, cinema, orações, artesanato, alvoradas, teatro, meditações, toques de sino, exposições de arte, gastronomia, fé, confiança, autoestima, união, entusiasmo e alegria. Muito entusiasmo e alegria que, tal qual maná que outrora caiu do céu, são dádivas divinas.
Como os homens não são onipresentes, programação tão vasta não se realiza em poucos dias. Por isso, o distrito do Rio das Mortes e São João del-Rei estarão em festa por exatos dez dias - de 18 a 28 de abril - para lembrar, agradecer e render homenagens àquela que - hoje às vésperas de ser santificada pelo Vaticano - nasceu, foi batizada e passou sua infância entre as crianças, os animais, as plantas e a sombra arroxeada e amena da Serra do Lenheiro, em Santo Antonio do Rio das Mortes Pequeno, distrito de São João del-Rei, no comecinho do século XIX.
Caro Emílio: Nhá Chica merece um grande festejo e o cenário para tanto é esplêndido, na Vila de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, terra de artistas. Ali palpita parte da alma são-joanense, festiva e cheia de fé, que como observou com perspicácia são valores que andam lado a lado. Parabéns pela postagem e o trabalho de difusão cultural de seu blog.
ResponderExcluirUlisses, querido irmão,
Excluirque bom que estamos juntos - você com seu conhecimento, suas pesquisas, seus blogs e sua atuação e eu com este almanaque eletrônico, muita reflexão e troca de ideias - nesta missão de resgatar, preservar, difundir e propagar as riquezas culturais são-joanenses em toda a sua diversidade e amplitude.
Juntos somos mais, juntos vamos mais longe...
Grande abraço.