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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Em São João, o Céu desce ao chão, Domingo de Passos, na procissão

Faltam menos de duas semanas para o Domingo de Passos, um dos dias mais belamente impactantes da religiosidade de São João del-Rei. Com suas rasouras, missas cantadas, adoração da Cruz, oque de sinos enfeitados com penachos de papel crepom, procissão do Encontro, canto dos motetos sacros e sermões, é uma tradição grandiosa e singular de nossa cidade e, pela riqueza de sua autenticidade barroca, não encontra similar tão genuína, original, tocante e expressiva em outras partes do mundo. Muito amada pelos são-joanenses, a Festa de Passos é um dos orgulhos de São João del-Rei. Uma das faces mais bonitas da Festa de Passos é a legião dos anjinhos, com a delicadeza e a inocência das crianças, algumas muito pequenas, às vezes até carregadas no colo,  vestidas com túnicas de cetim claro, coroa de flores miúdas e até com asas. Mas acontece de alguns anos o número de crianças vestidas de anjo ser menor, principalmente porque a Festa de Passos é a primeira grande celebração da Semana Santa

São João del-Rei e suas esquinas. São João del-Rei e suas sinas. São João del-Rei & outras Minas!

A escolha do nome São João del-Rei, dedicando a Vila erigida em 1713 em honra ao faustoso Rei Sol Português D. João V, selou para a cidade um destino luminoso. A cidade reluz como ouro, brilha como o astro-rei, pulsa como um coração apaixonado, sopra como uma brisa suave, murmura como a confessar um carinhoso segredo de amor. São João del-Rei é festa, é luz, é música, é arte, é vida, é devoção, é gozo. São João del-Rei é inspiração. Tanto é assim que no ano passado a cidade ganhou parte do título de um livro e vários poemas do escritor Nelson Di Francesco, paulista da capital do estado bandeirante, apaixonado por São João del-Rei desde que aqui veio pela primeira vez, há coisa de dez anos. A obra, chamada São João d'El-Rey e outras Minas , foi lançada em 2015 e reúne poemas, crônicas, reflexões poéticas, pensamentos, sentimentos e percepções do autor sobre o universo histórico-barroco destas coloniais cidades alterosas, visto e sentido, principalmente, a partir desta terra de

Sinos de São João del-Rei desobedecem Rei Momo e tocam até no Carnaval!

Carnaval ou não, todo domingo de manhã, de vários pontos da cidade  se ouve os sinos da igreja do Carmo chamando os fiéis para a missa,  tradicionalmente, com este sofisticado concertinho sonoro: ............................................................................... Texto e foto: Antonio Emilio da Costa

No Carnaval de São João del-Rei o bloco Cordão da Zona concentra, mas sai!

Mesmo quando não tem o glamouroso desfile dos blocos carnavalescos oficiais e das tradicionais escolas de samba, o Carnaval de São João del-Rei é bastante animado. Principalmente à tarde e à noite, os blocos espontâneos agitam os mais diversos pontos da cidade, mas se concentram principalmente nas ruas, praças do centro histórico, onde as paredes dos casarões, apertando os becos e cercando largos, dão ainda mais movimento e agito ao mar de gente, fazendo o canto, o batuque, as marchinhas tocadas pelas bandas de sopro e o som elétrico ecoarem ladeiras acima e abaixo. Não tem cetim, lantejoula, pluma, pedraria, confete nem serpentina, mas o improviso - mais parecido com descontraído de todo dia - tem no conforto e liberdade duas de suas grandes vantagens. Por outro lado, há pouca cor e alegoria, quase nenhuma fantasia, tudo é realidade, porém com mais alegria. Um dos blocos que a cada ano se torna mais tradicional é o Cordão da Zona que, como não poderia deixar de ser, concentra