Mesmo quando não tem o glamouroso desfile dos blocos carnavalescos oficiais e das tradicionais escolas de samba, o Carnaval de São João del-Rei é bastante animado.
Principalmente à tarde e à noite, os blocos espontâneos agitam os mais diversos pontos da cidade, mas se concentram principalmente nas ruas, praças do centro histórico, onde as paredes dos casarões, apertando os becos e cercando largos, dão ainda mais movimento e agito ao mar de gente, fazendo o canto, o batuque, as marchinhas tocadas pelas bandas de sopro e o som elétrico ecoarem ladeiras acima e abaixo.
Não tem cetim, lantejoula, pluma, pedraria, confete nem serpentina, mas o improviso - mais parecido com descontraído de todo dia - tem no conforto e liberdade duas de suas grandes vantagens. Por outro lado, há pouca cor e alegoria, quase nenhuma fantasia, tudo é realidade, porém com mais alegria.
Um dos blocos que a cada ano se torna mais tradicional é o Cordão da Zona que, como não poderia deixar de ser, concentra, mas sai, da Rua da Cachaça, que ainda hoje faz jus ao nome e, antigamente, era o endereço das casas da luz vermelha.
Em 2016, por exemplo, quem sair no Cordão da Zona com sua banda vai cantar o seguinte:
"Vem pro Cordão da Zona meu bem
Vem que tem, vem que tem... (bis)
Vem que tem, vem que tem... (bis)
Tem uma grande festa de brilhos e cores,
Paz, amor e alegria.
Tem carnaval de verdade
Pra qualquer idade cair na folia.
Paz, amor e alegria.
Tem carnaval de verdade
Pra qualquer idade cair na folia.
Vem pro Cordão da Zona meu bem
E traz quem quiser que é de graça.
Vem pro Cordão da Zona meu bem
Na Rua da Cachaça."
E traz quem quiser que é de graça.
Vem pro Cordão da Zona meu bem
Na Rua da Cachaça."
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Texto: Antonio Emilio da Costa
Música: João Oliveira
Foto: Barteliê
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