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Mostrando postagens de março, 2012

Semana Santa 2012 - Poéticas chagas de Cristo na paisagem da Paixão segundo São João del-Rei

Passinho do Largo do Rosário de São João del-Rei (12/2011). Foto do autor Em São João del-Rei, não se concebe imaginar as tradicionais celebrações da Quaresma e da Semana Santa sem pensar nos Passinhos da Paixão - cinco capelas / oratórios, que se destacam, entre casarões e sobrados, na paisagem arquitetônica de largos e ruas bicentenárias. Lembrando o número das chagas abertas por cravos e pela lança, nas mãos, pés e coração de Cristo, são territórios religiosos importantes em várias solenidades da "Festa de Passos": vias sacras de rua, procissão do Encontro e procissão das Lágrimas / Soledade de Nossa Senhora. O poema abaixo, do ainda inédito libreto Vi(d)a Dolorosa - A Paixão segundo São João del-Rei , ambiciona descrever poeticamente os Passinhos da Paixão de Cristo de São João del-Rei, desvelando sua ambiência religiosa, psicológica e de memória. Sétima Estação Vistos de fora, os passinhos são oratórios de pedra, com grossas portas vermelhas de madeira almofadada

Semana Santa 2012 São João del-Rei - Cruz, coroa, sangue, suplícios e delicadezas da Paixão de Cristo

Simbolicamente cordiosos, são como barrocas chagas de Cristo na paisagem urbana do centro histórico de São João del-Rei. Assim são os cinco Passos da Paixão - grandes oratórios de pedra e madeira, semelhantes a pórticos de igrejas coloniais, dispostos na Rua da Prata, Largo do Rosário, Largo da Câmara, Largo da Cruz e rua que liga a igreja do Carmo à Matriz do Pilar. A eles, maior, se junta o Passo da Piedade, também no Largo do Rosário. Pela quinta vez na Quaresma, hoje os passinhos estão sendo enfeitados, desta vez para a Procissão das Lágrimas. Seus retábulos dourados, pinturas setecentistas e antigas imagens recebem da Irmandade dos Passos, da vizinhança ou de famílias devotas, cuidados especiais. Toalhas brancas, com bordados "richelieux" forram a mesa roxa dos altares. Vasos de flores e castiçais com altas velas completam a decoração. No centro de todas a imagem de Cristo com a cruz às costas. No pequeno chão de pedra, tapetes persas e folhas perfumadas de rosmaninh

Semana Santa 2012 São João del-Rei: hoje é dia da Procissão das Lágrimas

Às nove da noite de ontem, o sino dos Passos fez dobres incomuns para uma quinta feira. Incomuns não fosse para informar à população são-joanense que naquele momento estava se encerrando a celebração do último dia do Setenário das Dores. E também para lembrar que o dia seguinte (hoje, sexta sexta-feira da Quaresma), em São João del-Rei é Sexta Feira das Lágrimas, ou da Soledade. E que haverá procissão, de Nossa Senhora das Dores, realizada pela Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos. Mal o sino tocou o último dobre e na Matriz do Pilar - fechadas todas as portas - irmãos e irmãs dos Passos, ainda nos trajes sociais pretos com que tinham participado do ofício do Setenário, já se dividiam nas tarefas e preparativos para a procissão da noite desta sexta-feira. Os homens, montando o pálio vermelho, bordado a ouro no século XVIII, e carregando o andor vazio pela nave da igreja até o local onde a imagem da virgem, retirada do altar-mor, fora nele colocada. Finda esta missão, retornaram

Semana Santa São João del-Rei 2012: fé, tradição e cultura

 Tapete de rua - Semana Santa 2010 - obra e foto do autor  Fé, tradição e cultura . Estas três palavras, definidas como slogan pela Irmandade dos Passos em 2011, conceituam, com absoluta precisão, qual é a "santíssima trindade" da Semana Santa de São João del-Rei. Uma celebração fundamentada na religiosidade sincera, que se repete a cada ano seguindo características originais tricentenárias, enriquecidas por manifestações culturais contemporâneas. Além das comoventes procissões e dos ofícios barrocos com participação da Orquestra Ribeiro Bastos, concerto pelos 110 anos da Banda Theodoro de Faria, recital no órgão colonial de tubos do Museu Regional, lançamento de CD dos Coroinhas entoando cantos gregorianos, exposição de oratórios domésticos dos séculos XVIII e XIX, confecção de tapetes processionais de rua pela ONG Atitude Cultural e muitos eventos artístico-culturais ainda não divulgados. Tudo isto e muito mais é o que você poderá desfrutar em São João del-Rei no

São João del-Rei / Semana Santa 2012: coração são-joanense pulsa tradição, memória e lembrança

Procissão do Encontro no Largo da Cruz (c. 1978) - Foto do autor O sino dos Passos, plangendo agora para anunciar o fim do primeiro ofício do Setenário das Dores, é um convite a pensar: a autenticidade das tradições culturais religiosas de São João del-Rei surpreende e encanta. Surpreende não apenas pela notória fidelidade das práticas litúrgicas e paralitúrgicas às suas origens mais remotas, muitas delas surgidas nas primeiras décadas do século XVIII. Encanta principalmente por sua fulgurante vitalidade. Longe de serem representações ou encenações, mais do que lembrança e memória, as tradições culturais religiosas de São João del-Rei são a própria religiosidade do povo são-joanense. Brilham nos olhos, batem no coração, pulsam nas veias, transpiram nos poros, adoçam a boca, confortam o espírito. Este modo devotado de sentir e de viver o tesouro que veio do passado - mais do que do século XVIII, o sentimento que veio de um tempo imemorial e aqui materializou-se em expressão e arte 

Semana Santa São João del-Rei 2012: angústia, solidão e saudade no Setenário das Dores

Nesta sexta-feira, a quinta da Quaresma, começa em São João del-Rei a terceira e última etapa das Celebrações dos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo a caminho do Calvário - o Setenário das Dores. Promovido ininterruptamente há quase trezentos anos pela Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, consiste em sete dias consecutivos de missa barroca, celebrada as 19 horas, seguida de ofícios sacros que rememoram e fazem refletir sobre as sete espadas de dor que traspassaram o coração de Nossa Senhora, desde o nascimento de Cristo até seu sepultamento. Não se tem notícia de outra cidade que realize o Setenário das Dores com tanta e tão tradicional exaltação e nesta mesma época da Quaresma. O Setenário das Dores é uma solenidade a um só tempo terna e austera, que conjuga a doçura do amor maternal com os sentimentos agudos de ausência do filho que sofre e se vai, desta vida para sempre. Da apresentação do Menino no templo - quando Simeão à Mãe previu um doloroso futuro - até a volta para

Coisas boas de São João del-Rei: Ponto Literário, vírgula poética, reticências musicais...

Quem,andando descontraído pelo centro histórico de São João del-Rei, a caminho da igreja do Carmo, da Rua da Cachaça e do Largo da Cruz, passar pela Rua Sebastião Sette e entrar em uma das duas portas do número 97, se tiver interesse pelo saber e pelo lazer, certamente vai ter uma agradável surpresa. Um acervo vasto, composto por muitos livros antigos e  por outros já lidos, uma grande variedade de revistas de outras décadas e sequências de exemplares de jornais irreverentes ou revolucionários, como O Pasquim e Movimento . Além disso, vai dar de cara (e de ouvidos), com ninguém menos que Nana Caymmi, Ben Harper, Janis Joplin, Duke Elington, Cascatinha e Inhana, Mendelson, Gal Costa, LouisArmstrong, Roberto Carlos, Willy Nelson, Pearl Jam, J. S. Bach, Milton Nascimento, Padre José Maria Xavier, Gilberto Gil, Clara Nunes, Villa Lobos, Hermeto Paschoal, Tom Jobim e muitos outros. Todos em uma infinidade de long plays de vinil e numa reduzida e seleta quantidade de CDs. Bem conservado

Correr séculos em menos de uma hora? No Museu de Arte Sacra de São João del-Rei, você pode!...

ão Fachada do Museu de Arte Sacra de São João del-Rei (12/2011) foto do autor   Uma sineta, de 1705, que nos primeiros anos do surgimento do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes foi precursora dos inigualáveis sinos da Vila de São João del-Rei,  que até hoje anunciam missas, ofícios religiosos, novenas e enterros. Um São Jorge, que no tempo colonial saía em procissão, montado em um cavalo, sob os auspícios do Senado da Câmara da quarta vila instituída nas Minas do Ouro. Setecentistas objetos sacros de ouro e prata, imagens expressivas, iconografias raras, um grande presépio oitocentista e até o altar e o sino da capela da Fazenda do Pombal, onde nasceu o herói Tiradentes. Estes são apenas alguns exemplos das joias que compõem o acervo exposto no Museu de Arte Sacra de São João del-Rei. Por sua concepção ao mesmo tempo moderna e didática, talvez não seja exagero dizer que o Museu de Arte Sacra de São João del-Rei é minimalista em sua proposta museológica. Ao con

Semana Santa - São João del-Rei: Irmandade dos Passos

 Novamente São João del-Rei viveu, de sexta-feira passada até a noite de ontem, um dos pontos mais altos de sua cultura e religiosidade: a Comemoração dos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo a caminho do Calvário ou, simplesmente,  Festa de Passos. Trata-se de tradição muito antiga, provavelmente iniciada em 1734 quando se fundou a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos. Aliás, cada vez mais se percebe que, para aquela instituição, irmandade não é só parte do nome. É uma filosofia que se materializa em forma de atenção, respeito humano, valorização, consideração, compaixão e dignificação com que todos os membros se tratam no ambiente sagrado da sacristia, na Matriz do Pilar e em outros espaços em que se juntam para cumprir funções religiosas. Muito mais do que fraternidade, esta irmandade certamente faz Nossa Senhora das Dores, cravada de espadas, sorrir e Jesus ensanguentado, sob a coroa de espinhos e a pesada cruz, sentir-se recompensado por seu divino e desumano sofrimento.

A que tempo, a que espaço e a que lembranças levam as reticentes ruas de São João del-Rei?

Rua da Alegria, Beco do Cotovelo, Bica da Prata, Rua da Cachaça, Rua do Ouro, Rua da Prata, Beco Sujo, Buraquinho, Beco da Escadinha, Cajangá, Beco do Agá, Rua das Mônicas, Morro da Forca, Rua da Graça, Biquinha, Beco da Romeira, Matola, Morro Mané José, Rua da Laje, Beco do Salto, Rua do Barro, Rua do Fogo, Subida da Muxinga, Largo da Cruz. Muito pitorescos e originais eram os antigos nomes das ruas de São João del-Rei, vários homenageando velhos e importantes moradores do próprio logradouro ou informando, já no nome, aspectos da geografia, flora ou atividade predominante no local. Com o passar do tempo, o avanço da urbanização formalizante, o desejo de um progresso burocrático e o culto à vaidade de políticos, heróis e autoridades, também foram substituindo denominações espontâneas por nomes precedidos de títulos, cargos e funções. Alguns deles resistiram bravamente na memória popular, atravessando séculos e enfrentando em pé de igualdade a formalidade administrativa, a tal ponto

Divino Espírito Santo pousará, para sempre, no coração de São João del-Rei

Quem passa pela Rua das Flores, em São João del-Rei, e olha uma construção branca, elevada, vizinha parede-meia com o Cemitério do Rosário, não imagina que, a partir do dia 27 de maio, atrás daquelas portas, poderá ser conhecida mais uma preciosidade da cultura artístico-religiosa de São João del-Rei: o interior da capela do Divino Espírito Santo, de "especiosa obra de talha dourada e policromada e o deslumbrante teto da capela-mor, pintado por José Joaquim da Natividade". A obra deste artista é, na atualidade, um dos principais alvos de interesse dos estudiosos do barroco mineiro. A materialização do projeto Capela do Espírito Santo seguiu em tudo o imaginário da sabedoria e da engenhosa inteligência de Deus, simbolizadas na terceira pessoa da Santíssima Trindade. Venceu tempo e espaço, pela visão generosa e altruista de Padre Paiva em relação à arte e às tradições culturais de São João del-Rei. Muitas pessoas e instituições foram tocados pelo fogo divino e não negaram a c

Na São João del-Rei oitocentista, roletas para colher e acolher as crianças enjeitadas

Há 180 anos, no dia 7 de março de 1832, ao iniciar a construção do Abrigo dos Expostos, a Santa Casa de Misericórdia de São João del-Rei deu um passo importante para minimizar um problema muito comum no período colonial: o abandono clandestino de crianças pequenas (muitas ainda recém-nascidas) na porta de terceiros. Na ocasião, a entrega da criança para o abrigo se dava de uma forma inusitada - ela era depositada em uma caixa giratória, fixada no tamanho exato de uma pequena janela. Uma vez movimentada, girava 180 graus, fazendo com que a abertura passasse da pessoa que estivesse "dispensando" a criança para o encarregado de recolhê-la pela instituição, sem que ambos se vissem.  Nas cidades e vilas em que existia, este engenho era conhecido como Roda dos Expostos, ou Caixa dos Enjeitados, e as crianças indesejadas, nele entregues, ou eram voluntariamente adotadas por religiosos e famílias caridosas, ou eram criadas no abrigo mantido pela Santa Casa. Antes da adolescência,

Bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos enobrece São João del-Rei com mais um coral infantil

Quem disser que  velhas árvores não dão mais flores viçosas nem frutos saborosos está mentindo. As bicentenárias orquestras barrocas de São João del-Rei provam isso. A Orquestra Ribeiro Bastos foi criada oficialmente em 1790. Juntamente com a Orquestra Lira Sanjoanense, fundada em 1776, são as duas orquestras mais antigas das Américas em atuação ininterrupta, talvez as duas mais antigas do mundo. Apesar dos seus 222 anos, a Orquestra Ribeiro Bastos continua atuante. Divide também, irmamente, com a Orquestra Lira Sanjoanense os merecimentos e a responsabilidade de manter viva a tradição musical de São João del-Rei. Inquestionavelmente, são duas das poucas organizações destinadas exclusivamente ao cultivo, guarda e preservação da música colonial e imperial produzida em Minas Gerais, sobretudo na região da antiga Comarca do Rio das Mortes, cuja sede era a Vila de São João del-Rei. Agora a Orquestra Ribeiro Bastos alimenta outro sonho cidadão e memorável e já faz tudo para torná-

1838 / 2012: Viva São João del-Rei! Suas armas, seus brasões e seu povo!

No aniversário de 174 anos da elevação de São João del-Rei à categoria de cidade, que tal homenageá-la conhecendo e divulgando o seu brasão? Uma harmônica composição heráldica, concebida e arquitetada pelo reonhecido heraldista Alberto Lima, sintetiza todos os elementos histórico-culturais próprios do povo e da terra são-joanense desde o surgimento do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes. Assim é o brasão de armas de São João del-Rei, composto pelos seguintes elementos: . Escudo português -  lembra que é lusitano o berço da cultura brasileira. . Ponte da Cadeia e o Córrego do Lenheiro - traços marcantes da arquitetura e da geografia de São João del-Rei. . Triângulo Vermelho  - Referência ao herói Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Disposto sobre o fundo branco, evoca explicitamente a bandeira de Minas Gerais. . Listão Central - Referência ao Rio das Mortes, com sua importância histórica e lendária. . Arcabuz e clave de sol - O primeiro evoca a

São João del-Rei sempre sonhou alto...

O dia 6 de março não pode passar despercebido no calendário histórico de São João del-Rei. Nele, em 1838 , a Vila de São João del-Rei foi elevada à categoria de cidade , portanto há 174 anos. Bem que poderia ser desenvolvida uma programação cultural para marcar este fato importante... O que bem poucos sabem é que este era um sonho antigo cultivado por São João del-Rei. Segundo pesquisa do historiador são-joanense Sebastião de Oliveira Cintra, ainda em  1749 , em data muito próxima - exatamente no dia 8 de março -, o Senado da Câmara da Vila de São João del-Rei enviou representação à Corte, formalizando pedido para tal elevação . Vale lembrar que o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes tornou-se Vila de São João del-Rei em 1713, sendo assim a quarta vila instituída em Minas Gerais .

Semana Santa São João del-Rei 2012 - Via Sacra Ecológica na Rua Padre Faustino / Bica da Prata

Na próxima segunda feira, dia 5, no circuito das celebrações populares da Paixão de Cristo em São João del-Rei, acontece a Via Sacra anual da Rua Padre  Faustino, que tem características muito particulares. Com forte tonalidade sóciorreligiosa-ecológica, a celebração começa em um altar armado sob árvores, próximo a uma gruta de pedras, tendo como fundo uma cascatinha natural e delicada. Dali o cortejo segue tendo à frente a Cruz da Penitência, para diante de algumas casas que montam nichos em suas janelas, com imagens e estampas de Cristo, e vai até o início da subida da Bica da Prata. Apesar do nome Bica da Prata, das betas e galerias daquela região, tempos atrás, se extraiu muito ouro. Leia, abaixo, o post que registrou a Via Sacra ecológica ali oficiada em 2011 e, ao final, veja o clipe da trilha sonora que a sintetiza.         Menos penitência e mais persistência no barroco popular  e ecológico de São João del-Rei Barroco, em São João del-Rei, não é apenas um estilo artístic

Semana Santa de São João del-Rei. O arauto da música barroca. De motetos, lamentos e misereres

Hoje em São João del-Rei, várias vezes, o sino dos Passos, na Matriz do Pilar, dobrará anunciando que, à noite, tem a segunda Via Sacra de rua.Tradição muito antiga, o cortejo se arrasta pelas ruas coloniais do centro histórico, parando nos passinhos de pedra e arte, para que o crucificado repouse no altar, ouvindo a Orquestra Ribeiro Bastos cantar motetos barrocos. Durante muitas décadas, em tempos passados, atraía  os são-joanenses acompanhar o homem humilde, gente do povo que, de terno preto e cabelo branco, era figura importante nas procissões da Quaresma e Semana Santa. Seu breve retrato foi colhido no poema Sexta Estação , do livreto inédito A Paixão segundo São João (del-Rei) : "Como o santo em silêncio levava às costas a imensa cruz, sua sina era carregar o contrabaixo da orquestra, de Passinho em Passinho, da Matriz, à Matriz. Se para muitos carregar tão grande carga soava como castigo, para ele era prestígio. Ato muy digno, motivo de orgulho: '... a mú